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Ásia

Butão comemora casamento de seu soberano com jovem plebeia

12 out 2011 - 16h56
(atualizado às 17h47)
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O reino himalaio do Butão está em festa com o casamento de seu soberano com uma bela estudante plebeia de 21 anos, que terá por missão ajudá-lo a aumentar o índice da "Felicidade Nacional Bruta", em um acontecimento descrito pela imprensa como um verdadeiro conto de fadas. O retrato do futuro casal real é visto em todas as lojas e fachadas de Timbu, a pequena capital medieval, dias antes da cerimônia que acontece no sábado, no estádio local.

O rei do Butão, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, 31 anos, se casa nesta quinta com a plebeia Jetsun Pema, 20
O rei do Butão, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, 31 anos, se casa nesta quinta com a plebeia Jetsun Pema, 20
Foto: AP

Três anos depois de sua coroação, na qual fez votos de proteger este remoto reino dos "danos da globalização", o quinto "rei dragão" do Butão, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck, 31 anos, vai se casar com a filha de uma família plebeia, Jetsun Pema. A imprensa insiste em afirmar que o casal se apaixonou à primeira vista durante um piquenique, quando a futura rainha tinha apenas sete anos.

Sua beleza, mais que a origem plebeia, causa entusiasmo e todo mundo aprova a noiva do rei, apelidado de "o príncipe azul do Himalaia" por sua aparência de astro que lembra Elvis Presley. "Acho que ela é uma reencarnação de uma deusa", afirmou Kinley Tenzin, de 15 anos. Os alunos do colégio Lungtenzampa, onde o rei estudou e, dez anos mais tarde, sua noiva, recordam com emoção a visita que o casal fez no mês passado.

"O rei nos falou de amor. Elenos disse que não devemos ter medo de dizer a alguém que o ama", afirmou Passang, uma adolescente de 16 anos. De 1989 a 1993, o rei estudou um dia por semana neste colégio para poder conviver com seus súditos mais de perto. Depois foi estudar em Oxford.

A noiva estudou no mesmo estabelecimento entre 2000 e 2005, onde foi capitã do time de basquete. A diretora Kinley Pem a descreve como "inteligente e humilde, quase tímida". Seu pai é piloto comercial e sua mãe dona de casa. "Ela jamais teria imaginado que viria a ser a rainha do Butão", comentou.

O soberano é muito elogiado por sua proximidade com o povo, ao contrário do pai, que abdicou em 2006 e era mais austero. Segundo Tshering Tobgay, chefe da oposição parlamentar, este casamento simboliza para os 700 mil butaneses a continuidade da família real. "Nossa devoção pelo rei é muito forte porque ele é um servidor do país e de seu povo. Ele conhece quase todos os habitantes do reino, nos ouve e se comporta como nós, pegando a noiva pela mão. O povo gosta muito disso", explicou.

O Butão, um pequeno país do tamanho da Suíça situado entre a Índia e a China, se orgulha de medir seu desenvolvimento econômico através de seu indicador "Felicidade Nacional Bruta", apesar de problemas modernos como a droga.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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