A ex-estrela do cinema francês Brigitte Bardot, que desde que se aposentou aos 39 anos dedicou sua vida à defesa dos animais, pediu nesta quarta-feira à primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, que proíba o tráfico ilegal de cachorros, que são abatidos em matadouros clandestinos por causa da carne e do pêlo.
Em carta publicada por sua Fundação, a ex-símbolo sexual afirma que Tha Rae, no nordeste da Tailândia, é a sede de "um imundo tráfico, onde os cachorros são abatidos em matadouros para serem comidos ou ter seu pêlo vendido".
"Os cachorros são capturados selvagemente ou roubados de seus donos", denunciou Bardot.
A ex-atriz afirma que "100.000 cachorros são abatidos todos os anos na Tailândia, e outros tantos são exportados vivos de forma ilegal para serem brutalmente abatidos e consumidos no Vietnã".
Tráfico de animais rende US$ 19 bi por ano, diz WWF:
O WWF afirmou que o comércio ilegal está ameaçando cada vez mais as vidas de elefantes, rinocerontes e tigres na África e Ásia. Dezenas de milhares de pessoas são mortos todo ano e existem menos de 3,2 mil tigres na natureza. Acima, um dos 16 filhotes de tigres apreendidos em outubro
Foto: James Morgan/WWF / BBC News Brasil
'São as comunidades, frequentemente as mais pobres do mundo, que perdem mais com este comércio ilegal, enquanto grupos criminosos e autoridades corruptas lucram', afirmou Jim Leape, diretor-geral do WWF-Internacional. Acima, a polícia de fronteira durante operação no Parque Nacional de Kui Buri, na Tailândia
Foto: James Morgan/WWF / BBC News Brasil
Apesar da proibição, há 23 anos, do comércio internacional de marfim, elefantes continuam sendo mortos para este fim. Acima, foto aérea de uma manada de elefantes africanos na Reserva Presidencial de Wonga Wonghe, no Gabão
Foto: James Morgan/WWF / BBC News Brasil
Ambientalistas registraram uma grande queda na população de elefantes em vários países africanos. Acima, ossos de elefantes encontrados na floresta, nas proximidades do vilarejo de Sounga, Gabão
Foto: James Morgan/WWF / BBC News Brasil
Pesquisadores do Departamento de Parques Nacionais, Vida Selvagem e Plantas fazem testes de DNA em pedaços de marfim confiscados para determinar a origem e processar as pessoas que forem flagradas com o marfim africano
Foto: James Morgan/WWF / BBC News Brasil
As presas de marfim geralmente são usadas na medicina tradicional, objetos de decoração e joias. Acima, um escultor de marfim em Payuhakirri, Tailândia
Foto: James Morgan/WWF / BBC News Brasil
Em julho de 2012, cerca de meia tonelada de marfim, com valor de mais de US$ 700 mil, foi apreendida no aeroporto de Bangcoc. Acima, um oficial fiscaliza uma loja que vende joias e objetos de marfim no mercado de Tha Phrachan, Tailândia