Brasileira diz que falou com marido em Tóquio por e-mail
11 mar2011 - 16h22
(atualizado às 16h24)
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A brasileira Renata Bell, que mora em Tóquio há um ano com o marido, mas passa férias em Brasília, disse que está assustada com o terremoto de 8,9 pontos na escala Richter que atingiu o Japão na madrugada desta sexta-feira. Ela disse que só conseguiu falar com o marido, Mark Bell, funcionário do banco Morgan Stanley, por e-mail. "A única forma que encontrei para falar com ele foi por e-mail, pelo IPhone celular", disse.
Mark contou a Renata que os tremores foram muito fortes e que, no momento do sismo, todos os funcionários do banco foram direcionados a um campo de futebol, dentro de uma escola. Eles tiveram de ficar no local algumas horas, por medida de segurança, mas foram liberados para retornar para casa.
Sem trem e metrô - cujas linhas foram paralisadas após os tremores -, muitos colegas de Mark não puderam voltar para casa e foram obrigados a permanecer no banco. "Tem muita gente que não tem transporte próprio e o trem não está funcionando. Um colega de Mark que precisa do trem para voltar passará a noite lá em casa", disse Renata. O apartamento do casal é localizado próximo ao local de trabalho de Mark.
Mesmo distante, Renata afirmou que está assustada com os tremores e contou, emocionada, que ficou preocupada com a situação do marido. "Quando vi na televisão, não quis nem pensar e a única coisa que me veio na cabeça foi o meu marido. Deus me livre de acontecer alguma coisa com ele".
Renata lembra que os terremotos são constantes no Japão e os danos só não são maiores porque o país é bem preparado para esse tipo de fenômeno. Mesmo temerosa, a brasileira disse que se sente segura no Japão.
Segundo ela, a infraestrutra do prédio onde mora em Tóquio é preparada para que não haja danos com a ocorrência de terremotos. "Quando fui morar no Japão Eu pensei: Meu Deus do céu, morar no 22º andar, em um país que tem terremoto quase todos as semanas. Mas os japoneses disseram que eu estava mais segura do que em uma casa, que não é preparada para tremores", afirmou.
Renata falou ainda sobre a organização do povo japonês para enfrentar esse tipo de catástrofe. Segundo ela, todo estrangeiro, ao chegar ao país, tem de fazer um curso para aprender a lidar com situações de emergência. Além disso, recebe uma espécie de carteira de identificação com o endereço de um abrigo que a pessoa deve procurar em caso de desastres.
"Cada área de Tóquio tem um abrigo específico, como uma escola, um campo de futebol. Isso evita que as pessoas corram sem destino e atropelando umas às outras. É para não ter caos. É muita gente. Isso acaba nos deixando um pouco mais tranquilos", disse Renata.
Toda estrutura de atendimento à população é muito organizada e, segundo Renata, até as crianças sabem o que fazer em situações de emergência. Essa organização acaba minimizando os danos nos casos de terremoto no país.
11 de março - O americano Mark Fontes segura sua prancha enquanto espera pelas grandes ondas na península de Balboa, na Califórnia
Foto: AP
11 de março - Na fronteira entre os Estados Unidos e o México, homem observa as ondas no mar, em Tijuana
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11 de março - Dois homens observam as ondas durante o alerta de tsunami, em São Francisco, na Califórnia
Foto: AP
11 de março - Pescadores de Mazatlán, no México, removem seus barcos do mar devido ao alerta na costa do Pacífico
Foto: EFE
11 de março - Na Indonésia, moradores aguardam fora de suas casas, em Manado, onde houve alerta de tsunami
Foto: AP
11 de março - Filipinos se refugiam em um ginásio de Albay durante o alerta de tsunami nas Filipinas
Foto: EFE
11 de março - O diretor do Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas, Renato Solidum, aponta para mapa indicando o local do terremoto
Foto: AP
11 de março - A praia de Waikiki, no Havaí, é evacuada após o alerta de ondas gigantes
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11 de março - Mulher observa as ondas na praia de Waikiki, em Honolulu, no Havaí, que entrou em alerta para o risco de tsunami
Foto: AFP
11 de março - Marinheiros dão instruções a turistas após o governo emitir um alerta preventivo no Chile
Foto: AFP
11 de março - Oficiais da Marinha chilena discutem medidas de prevenção para a chegada das ondas, na baía de Valparaiso
Foto: AFP
11 de março - No Chile, pescadores recolhem seus barcos diante do alerta de ondas gigantes, em Talcahuano
Foto: AFP
11 de março - O presidente do Equador, Rafael Correa, anuncia a evacuação das ilhas Galápagos e da costa equatoriana devido ao alerta de tsunami
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11 de março - Barco é virado pela água em Crescent City, na Califórnia, depois que a água baixou
Foto: AP
11 de março - Homem surfa próximo à Golden Gate Bridge, em São Francisco, nos EUA, apesar do alerta de tsunami
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11 de março - P=Nos EUA, painel alerta para o risco de tsunami na autoestrada 17, que vai para Santa Cruz, na Califórnia
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11 de março - O chefe do Instituto de Defesa Civil do Peru, Luis Palomino, concede entrevista à imprensa e diz que o país tem apenas alerta preventivo
Foto: Agência Andina/Terra Peru / Reprodução
11 de março - Homem se enterra na areia da praia de Agua Dulce, no Peru, mesmo com alerta de tsunami
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11 de março - Turistas observam o pôr-do-sol no Pacífico, na praia de Waikiki, no Havaí
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11 de março - Banhistas tomam sol em área privada em Waikiki, no Havaí, depois da chegada das ondas
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11 de março - Após tsunami, arco-íris colore o céu de Honolulu, no Havaí
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12 de março - Um barco perdeu o controle e bateu em uma ponte, após tsunami, reflexo do terremoto no Japão, em Santa Cruz, nos EUA
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Foto: AFP
12 de março - Moradores observam estragos causados por tsunami
Foto: AFP
12 de março - Sharon Halieli, que morreu após tsunami na Tailândia, em reflexo do terremoto no Japão, é enterrada
Foto: AFP
12 de março - terremoto é notícia na imprensa de Honduras
Foto: AFP
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12 de março - Chilenos deixam suas casas após alarme de perigo de Tsunami em Antofagasta
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Foto: EFE
12 de março - Lancha é vista em calçada próxima ao mar em Coliumo, no Chile
Foto: EFE
12 de março - Moradores avaliam os danos em barcos pesqueiros no porto da vila Santa Rosa, perto de Santa Elena, no Equador
Foto: Reuters
12 de março - Tsunami chegou mais fraco na América Latina, mas ainda assim causou estragos menores na cidade costeira de Santa Elena, no Equador