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Ásia

Bhandari é a 1ª mulher escolhida para presidência do Nepal

A dirigente do UML prometeu conversar com partidos do sul do país contrários à nova Constituição

28 out 2015 - 13h56
(atualizado às 15h54)
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Bhandari já foi ministra de Defesa e tem uma longa trajetória como militante política e parlamentar
Bhandari já foi ministra de Defesa e tem uma longa trajetória como militante política e parlamentar
Foto: Narendra Shrestha / EFE

O Congresso do Nepal elegeu nesta quarta-feira (28) Bidhya Devi Bhandari, dirigente do Partido Comunista do Nepal UML (marxista-leninista), como nova presidente do país, a primeira mulher a ocupar o cargo e também a primeira vez que a designação é feita sob a nova constituição republicana.

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Bhandari - deputada, ex-ministra de Defesa e esposa do histórico líder comunista falecido Madan Bhandari - recebeu o voto a favor de 327 deputados no Congresso, que possui 601 cadeiras e que, de acordo com a nova Constituição, elege tanto o presidente, que tem basicamente uma função protocolar e formal, como o primeiro- ministro.

Após ser designada, Bhadari assegurou aos jornalistas que iniciará conversas com os partidos do sul do país contrários à nova Constituição, que protestam e mantém um bloqueio da fronteira com a Índia.

"Considerarei o Himalaia, as montanhas e a região Tarai como um todo", declarou.

Com a escolha de Bhandari, termina a nomeação das máximas instituições do Estado, que fica nas mãos do UML, depois de Khadga Prasad Sharma Oli ter sido nomeado primeiro-ministro no último dia 12.

O novo presidente derrotou na votação parlamentar Kul Bahadur Gurung, candidato do partido Congresso Nepalês (NC), que governou em coalizão nos últimos anos com o UML, parceria que foi quebrada no aumento da tensão política.

A nova presidente tem uma longa trajetória como militante política e parlamentar desde 1994 e foi ministra de Defesa durante o governo de Madhav Kumar (2009-2010).

Bhandari substitui Ram Baran Yadav, do Congresso Nepalês, que estava no posto desde 2008, quando o país passou de uma monarquia a uma república.

Desde então e até 20 de setembro, o país esteve pendente da aprovação de uma Constituição, que terminou dando ao Nepal a condição de República Parlamentar.

A aprovação dessa Carta Magna foi rodeada de uma enorme instabilidade política pela oposição das minorias do sul da região de Tarai à nova distribuição administrativa do país, o que provocou meses de protestos que deixaram dezenas de mortos e que se intensificaram desde a promulgação do texto com um bloqueio à fronteira com a Índia.

O bloqueio, que coincide com uma suspensão no fornecimento ao Nepal da Corporação de Petróleo da Índia, colocou o país em uma grave crise de combustível.

Segundo turno no Egito têm metade das cadeiras em disputa:
EFE   
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