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Ásia

Ban pede que Pyongyang reconsidere projeto de foguete

16 mar 2012 - 15h45
(atualizado às 16h25)
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou nesta sexta-feira sua preocupação pelo anúncio da Coreia do Norte que em abril lançará um satélite mediante um foguete de longo alcance e pediu ao país que "reconsidere" a decisão.

Segundo um comunicado da ONU, Ban "está seriamente preocupado" com o anúncio da Coreia do Norte, que pretende lançar o foguete no dia 15 de abril para comemorar o centenário de nascimento do fundador do país, Kim Il-sung.

O principal responsável do organismo internacional reiterou seu pedido a Coreia do Norte "para que cumpra todas as resoluções do Conselho de Segurança, em particular a 1874, que proíbe qualquer lançamento de tecnologia de mísseis balísticos".

Além disso, pediu às autoridades norte-coreanas que "reconsiderem sua decisão em linha com seu recente compromisso de contenção no lançamento de mísseis de longo alcance".

A Coreia do Norte anunciou hoje o lançamento de um satélite de observação terrestre de órbita polar (Kwangmyongsong-3) "rumo ao sul desde a estação de Sohae, no condado de Cholsan, província de Pyongan do Norte", segundo indicou a agência de notícias "KCNA", que citou um porta-voz do Comitê de Tecnologia Espacial da Coreia do Norte.

A fonte explicou que o lançamento, que será realizado junto ao Mar Amarelo, perto da fronteira com a China, acontecerá entre os dias 12 e 16 de abril, e que o satélite norte-coreano será levado pelo foguete Unha-3.

A Coreia do Norte lançou em abril de 2009 o foguete Taepodong-2 com o satélite de comunicações Kwangmyongsong-2, que, segundo o governo norte-coreano, entrou em órbita, embora os serviços de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos assegurem que caiu ao mar sem alcançar seu objetivo.

O lançamento do foguete Taepodong-2 valeu à Coreia do Norte a condenação de parte da comunidade internacional, que interpretou o caso como o teste disfarçado de um míssil balístico de longo alcance.

A ONU emitiu nessa ocasião uma declaração que considerou o lançamento uma violação da resolução de seu Conselho de Segurança que restringe os testes de mísseis balísticos e nucleares do país comunista, mas não chegou a decretar sanções por falta de acordo.

O atual presidente rotativo do Conselho, o embaixador britânico Mark Lyall Grant, insistiu hoje que todas as resoluções do principal órgão de segurança internacional devem ser cumpridas e acrescentou que se a Coreia do Norte levar adiante o lançamento, esse fato pode ser considerado uma violação dessas decisões.

EFE   
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