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Ásia

Ativista chinês divulga vídeo da prisão para pedir "coragem" ao povo

9 ago 2013 - 04h07
(atualizado às 04h32)
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O proeminente ativista Xu Zhiyong, líder de um movimento cidadão que pede transparência ao governo e luta pelos direitos da população chinesa, gravou e publicou um vídeo desde o centro de detenção em que se encontra para pedir "coragem" ao povo "se levantar" por suas crenças.

Em um vídeo de aproximadamente um minuto, Xu, algemado e por trás das grades, pede ao povo chinês se unir para lutar por "uma China de liberdade, justiça e amor".

O vídeo, que foi divulgado hoje no site do jornal South China Morning Post (SCMP) e também se encontra no YouTube (http://tinyurl.com/mnh6rva), foi gravado por um advogado que visitava Xu, segundo o jornal, já que o ativista é filmado em uma suposta sala de visitas do centro de detenção.

Xu é um dos proeminentes ativistas que fundaram o movimento "Gongmen", que pede ao governo publicar seus bens para ser mais transparente com a população, luta contra a corrupção no Partido Comunista e defende os direitos dos cidadãos recolhidos na Constituição chinesa.

O líder do coletivo cidadão foi detido em meados de julho em sua casa, onde permanecia sob prisão domiciliar há dois meses, acusado de "reunir multidões para alterar a ordem pública".

"Instar o povo para serem cidadãos, para lutarem por seus direitos e exercerem suas obrigações; pressionar pela igualdade de direitos em Educação e a reforma do acesso à Universidade; e pedir às autoridades que revelem seus ativos. Esses são os três crimes que cometi nestes tempos absurdos", explicou o próprio Xu no vídeo, gravado desde o centro de detenção número 3 de Pequim.

Essas são as primeiras palavras de Xu, professor de uma renomada universidade de Pequim, pedindo para o povo "se levantar".

"Não importa o quanto corrupta e absurda é esta sociedade, o país necessita cidadãos valentes que se levantam por suas crenças, mantenham a esperança, e alcancem seus direitos, responsabilidades e sonhos", declarou o ativista no vídeo, no qual acrescenta: "Para o progresso de uma sociedade, alguém tem que pagar um preço. Eu estou disposto a pagá-lo pela minha crença na liberdade, a justiça e o amor".

Até ontem, aproximadamente 2.675 pessoas tinham assinado um pedido defendendo a libertação de Xu, que também foi pedida pelo governo dos Estados Unidos.

EFE   
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