Armênios perderam pelo menos 100 soldados no conflito de Nagorno-Karabakh
As Forças Armadas da Armênia e da autoproclamada república de Nagorno-Karabakh perderam pelo menos cem soldados desde que explodiram os combates entre armênios e azerbaijanos nesta região montanhosa.
O Ministério da Defesa da república separatista reconheceu hoje a morte de 56 soldados desde o dia 2 de abril, depois que o Azerbaijão lhe entregou ontem os corpos de 18 militares.
Anteriormente, Yerevan tinha reconhecido a morte de 44 de seus homens durante os primeiros dias de combates, até que as duas partes decretaram há seis dias um cessar-fogo graças à intermediação da Rússia.
Os karabakhis entregaram ontem aos azerbaijanos os corpos de sete soldados, por isso que as baixas de Baku, reconhecidas por esse país, são de no mínimo 38 pessoas.
Com estes dados, o número de mortos nos combates mais violentos desde o fim da guerra pelo controle do enclave armênio, entre 1992 e 1994, se aproximou de 150 pessoas.
A comunidade internacional, com a Rússia a frente, se empenha em esfriar a situação em Nagorno-Karabakh e evitar a todo custo que as duas antigas repúblicas soviéticas em conflito por causa do enclave se enredem em uma guerra.
Parece no entanto difícil devolver o conflito ao estado de congelamento no qual permaneceu durante as últimas duas décadas.
O presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, deixou claro que Baku considera inaceitável manter o atual status quo, no qual as tropas armênias controlam, além do próprio Nagorno-Karabakh, uma faixa de segurança que representa 20% de seu território.