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Ásia

Amigo de indiana morta após estupro relembra ataque pela 1ª vez

5 jan 2013 - 09h34
(atualizado às 09h57)
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O amigo que acompanhava a estudante indiana morta após sofrer estupro coletivo em um ônibus em Nova Déli falou à imprensa pela primeira vez nesta sexta-feira e deu detalhes sobre o ataque, ocorrido em 16 de dezembro.

O rapaz de 28 anos, que ficou com uma perna quebrada e outros ferimentos no ataque, disse à rede indiana Zee News que ambos foram enganados para entrar no ônibus e inclusive pagaram a passagem. Segundo o rapaz, o veículo tinha janelas pintadas, e não era possível ver o interior. Ele acredita que os agressores fizeram uma armadilha para que vítimas subissem a bordo.

Após entrar no veículo, ele foi agredido pelos seis homens que estavam a bordo e ficou inconsciente. Os homens então, inclusive o motorista, estupraram a estudante e a agrediram com uma barra de ferro. "Nós tentamos resistir. Ela própria lutou contra eles, ela tentou me salvar", disse o rapaz, que não teve sua identidade revelada. "Ela tentou ligar para a polícia, mas eles pegaram seu telefone."

Socorro

Ele também confirmou relatos iniciais de que, após o ataque, os agressores os jogaram para fora do ônibus com o veículo em movimento e tentaram atropelá-los.

O rapaz criticou a demora da polícia após a agressão e disse que os policiais ficaram discutindo para onde levar a vítima, em vez de socorrê-la imediatamente. "Ela estava sangrando muito. Mas em vez de nos levar ao hospital mais próximo, eles (a polícia) nos levaram a um hospital longe dali."

A estudante, 23 anos, morreu no dia 29 de dezembro, em hospital em Cingapura, para onde havia sido transferida, devido à gravidade dos ferimentos. O episódio provocou uma onda de protestos em toda a Índia e em outros países.

Cinco homens foram indiciados e deverão responder a acusações de estupro e homicídio. Um sexto suspeito está sendo submetido a exames médicos que irão determinar se ele tem idade suficiente para ser julgado no mesmo tribunal. Caso sejam considerados culpados, eles poderão ser condenados à morte.

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