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Ásia

Aliados e ocidentais condenam Pyongyang por novo teste nuclear

China, Rússia e as lideranças ocidentais criticaram ação norte-coreana que desafia o Conselho de Segurança e aumenta a instabilidade na região

12 fev 2013 - 18h43
(atualizado às 19h02)
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Imagem da TV estatal norte-coreana mostra um apresentador confirmando a realização do teste nuclear
Imagem da TV estatal norte-coreana mostra um apresentador confirmando a realização do teste nuclear
Foto: AFP

O experimento nuclear que tinha por fundamento e objetivo a autodeterminação da soberania da Coreia do Norte acabou por isolar Pyongyang no mapa da geopolítica mundial. Depois do terceiro teste conduzido contra as prescrições da Organização das Nações em de 10 anos, tanto as lideranças ocidentais como os principais aliados asiáticos teceram fortes críticas à decisão norte-coreana por desrespeitar as prerrogativas internacionais e estimular a instabilidade na região.

As primeiras informações e reações ao teste vieram da Coreia do Sul e do Japão. Seul classificou o ato como uma "ameaça inaceitável" para a paz regional e afirmou que  o regime comunista deverá assumir as consequências do seu "desafio" à comunidade internacional. "A Coreia do Norte não poderá fugir da sua grande responsabilidade", indicou o governo sul-coreano. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que o teste é uma "ameaça grave" que não pode ser tolerada.

A China, que tem mostrado sinais de irritação crescente com o tom belicoso recente da Coreia do Norte, convocou o embaixador norte-coreano em Pequim e protestou com firmeza, disse o Ministério das Relações Exteriores. O ministro chinês das Relações Exteriores, Yang Jiechi, disse que a China está "fortemente insatisfeita e tem resoluta oposição" ao teste, e pediu que a Coreia do Norte "pare qualquer retórica ou atos que possam agravar a situação e volte ao caminho certo de diálogo e consulta o mais rápido possível". A China é um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.

Também a Rússia, um dos maiores aliados da China, criticou o teste. "Sem dúvidas, tal comportamento, que não corresponde com os critérios de convivência aceitos internacionalmente, merecem condenação e uma adequada reação da comunidade internacional", diz o comunicado da Chancelaria russa. A Rússia ressalta que, "mais uma vez, ao ignorar as normas do direito internacional, (Pyongyang) mostrou desprezo pelas decisões do Conselho de Segurança da ONU".

No Ocidente, o tom foi o mesmo. O presidente dos EUA, Barack Obama, classificou o teste de um "ato altamente provocativo" que fere a estabilidade regional. Ele pressionou por novas sanções contra a Coreia do Norte. "Os EUA continuarão a tomar as medidas necessárias para defender a nós mesmos e nossos aliados", disse Obama em um comunicado. "A Coreia do Norte representa uma séria ameaça para os Estados Unidos. Devemos estar preparados para lidar com ela", acrescentou o secretário de Defesa americano, Leon Panetta.

Meteorologista norte-coreano mostra a região na Coreia do Norte em que se registrou o tremor
Meteorologista norte-coreano mostra a região na Coreia do Norte em que se registrou o tremor
Foto: AFP

Na Europa, a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, pediu para Pyongyang cooperar com a comunidade internacional, assim como suspender os testes com armas nucleares e seu programa de enriquecimento de urânio, de maneira "completa, verificável e irreversível". O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, condenou nesta terça-feira, nos termos "mais enérgicos", o teste nuclear produzido pela Coreia do Norte, que violou três resoluções da ONU.

Entre os emergentes, Brasil e África do Sul foram a público para manifestar sua discordância da decisão de Pyongyang. "O governo brasileiro pede à República Popular Democrática de Coreia que cumpra plenamente as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança e contribua ativamente para gerar as condições necessárias para o reinício das negociações para a paz e a segurança na Península Coreana", segundo um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

"O teste é uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unida para que a República Popular Democrática da Coreia não realize mais nenhum teste nuclear", disse, em um comunicado, o governo sul-africano.

O Conselho de Segurança da ONU declarou que "condena firmemente" a Coreia do Norte por seu terceiro teste nuclear, e anunciou que iniciará imediatamente as negociações sobre novas medidas contra Pyongyang. O Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o ato "deplorável" de Pyongang que representa "uma clara e grave violação das resoluções do Conselho de Segurança”.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU destacou nesta terça-feira que o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte é "profundamente lamentável e uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU".

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) condenou o teste como um "ato irresponsável" que representa uma grave ameaça à paz mundial. "A atividade da Coreia do Norte com armamento de destruição em massa representa um contínuo desafio ao Conselho de Segurança da ONU e à comunidade internacional", disse o Conselho Atlântico.

Fonte: Terra
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