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Ásia

Advogados se recusam a defender detidos por estupro coletivo na Índia

3 jan 2013 - 02h35
(atualizado às 02h49)
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Advogados do distrito onde uma jovem estudante foi estuprada por vários homens disseram que não representarão os seis detidos (um deles é adolescente) acusados pelo ataque, que culminou com a morte da mulher de 23 anos, de acordo com a CNN.

Manifestante grita em protesto contra a violência em Nova Délhi após um estupro coletivo
Manifestante grita em protesto contra a violência em Nova Délhi após um estupro coletivo
Foto: Reuters

Os 11 advogados que compõem o conselho executivo da Associação Saket Bar afirmaram nessa quarta-feira não representar os acusados por conta da natureza do crime, que provocou protestos por todo o país e chamou a atenção mundial.

Além disso, a associação apelou para que seus 7 mil membros também se recusem a defender os acusados, de acordo com o seu presidente, Rajpal Kasana. “Nós não estamos pegando esse caso por razões de humanidade”, disse.

O boicote da organização, no entanto, não significa que os homens detidos por conta do estupro não terão defesa no julgamento. Advogados de outros distritos, ou aqueles apontados pela justiça, podem cumprir a função.

"Queremos deixar claro que não vamos obstruir ou atrapalhar qualquer advogado que seja apontado pela justiça ou que decida representar os acusados", afirmou Kasana, que acrescentou que eles sabem que os detidos devem ser representados por alguém.

O apelo para que advogados locais não representem os acusados pelo crime não tem precedentes, de acordo com a CNN, mas justificado "porque todos estão emocionalmente ligados ao caso", declarou Rajpal Kasana.

Fonte: Terra
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