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Ásia

Acidentes de trânsito matam 200 mil pessoas por ano na China, aponta estudo

6 mai 2015 - 09h44
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que a cada ano morram mais de 200 mil pessoas nas estradas chinesas devido a acidentes de trânsito, das quais mais de 10 mil são menores de 15 anos.

Os dados foram divulgados pelo representante da OMS no país, Bernhard Schwartlander, em artigo publicado nesta quarta-feira no jornal oficial "China Daily", no qual reivindicou uma melhora nas medidas de segurança rodoviário porque "essas mortes são completamente evitáveis".

O representante da OMS reconheceu os progressos realizados pelas autoridades chinesas na última década em matéria de segurança, mas recomendou adotar medidas como limitar a velocidade, aumentar a vigilância sobre motoristas embriagados e obrigar ciclistas e motociclistas a usarem capacetes, além do cinto de segurança em carros.

As estimativas da OMS divulgadas por Schwartlander mostram um número de mortes por acidentes de trânsito muito superior aos dados oficiais do governo chinês.

O Ministério da Segurança Pública da China, que é encarregado de elaborar essas estatísticas, está há dois anos sem publicar um cálculo sobre mortes nas estradas do país. Nas últimas apurações oficiais disponíveis, de 2012, houve cerca de 60 mil mortes, um terço do que o estimado pela OMS.

Dos cerca de 100 mil mortos anuais de dez anos atrás nas estradas chinesas, os números oficiais mostraram uma queda gradual, apesar de o número de veículos em circulação ter aumentado e ultrapassado a marca de 154 milhões no fim do ano passado.

Os especialistas alertam há anos que nas estradas chinesas ocorrem mais mortes do que as calculadas pelo governo. Um estudo elaborado por pesquisadores chineses e publicado no começo do ano pela revista especializada "Traffic Injury Prevention" estimou que o número anual de mortos por acidentes de trânsito na China supera os 200 mil.

Os autores do estudo atribuem as diferenças à metodologia empregada pelo governo, que exclui os que perderam a vida a partir de uma semana depois do acidente e não recolhe os dados de todas as estradas, entre outros motivos.

EFE   
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