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América Latina

Distúrbios no Equador deixam 1 morto e ao menos 51 feridos

30 set 2010 - 19h28
(atualizado às 22h41)
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O ministro coordenador de Segurança Interna e Externa do Equador, Miguel Carvajal, informou que os distúrbios registrados nesta quinta-feira no país deixaram ao menos uma pessoa morta. Outras 51 pessoas ficaram feridas, segundo um relatório da Cruz Vermelha. A entidade indicou em comunicado que já atendeu "51 emergências produzidas por asfixia, politraumatismos, quedas e gás lacrimogêneo.

Veja momento em que presidente do Equador é atacado:

Segundo a rede de TV Telesur, a situação nas ruas de Quito é tensa. Centenas de pessoas tentam se aproximar do hospital onde está sitiado o presidente Rafael Correa para respaldá-lo. A emissora informa que a polícia está agredindo o apoiadores do líder equatoriano, que respondem com uma "verdadeira chuva de pedras".

Mais cedo, o governo havia decretado estado de exceção em todo o território. Foi delegada às Forças Armadas a segurança interna e externa do país. O anúncio foi feito pelo secretário jurídico da presidência, Alexis Mera. "Está determinado o estado de exceção por uma semana e que, nesse período, as forças militares assumirão o controle da segurança", disse.

Protestos

Os distúrbios registrados no Equador têm origem na recusa dos militares em aceitar uma reforma legal proposta pelo presidente Rafael Correa para reduzir os custos do Estado. As medidas preveem a eliminação de benefícios econômicos das tropas. Além disso, o presidente também considera a dissolução do Congresso, o que lhe permitiria governar por decreto até as próximas eleições, depois que membros do próprio partido de Correa, de esquerda, bloquearam no legislativo projetos do governante.

Isso fez com que centenas de agentes das forças de segurança do país saíssem às ruas da capital Quito para protestar. O aeroporto internacional chegou a ser fechado. No principal regimento da cidade, Correa tentou abafar o levante. Houve confusão, e o presidente foi agredido e atingido com bombas de gás. Correa precisou ser levado a um hospital para ser atendido. De lá, disse que há uma tentativa de golpe de Estado. Foi declarado estado de exceção no Equador - com militares convocados para garantir a segurança nas ruas. Mesmo assim, milhares de pessoas saíram às ruas da cidade para apoiar o presidente equatoriano.

Fonte: Redação Terra
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