O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta quinta-feira que Bogotá está fechando sua fronteira com o Equador, onde uma crise foi iniciada após protestos contra medidas de austeridade. O fechamento da fronteira colombiana segue decisão igual à tomada pelo Peru e anunciada horas antes.
Presidente do Equador desafia manifestantes, veja:
"Eu conversei com (o presidente do Peru) e os dois países decidiram fechar as fronteiras com o Equador como um sinal político de solidariedade com o presidente (Rafael) Correa e com a democracia do Equador", disse Santos a repórteres antes de embarcar para a Argentina para uma reunião extraordinária da União de Nações Sul-americanas (Unasul), que discutirá a situação no Equador.
"Queremos condenar de forma enérgica, clara e contundente a tentativa de golpe que está ocorrendo no Equador e queremos dar todo o apoio ao presidente Correa, que foi o presidente eleito pelo povo equatoriano", disse Santos. "Entrei em contato com a presidente da Argentina, Cristina Fernández, e concordamos com a convocação de uma reunião extraordinária e urgente da Unasul. Eu me comuniquei com o presidente do Peru, Alan García, e os dois países decidimos fechar as fronteiras com o Equador, como sinal político de solidariedade com o presidente Correa e a democracia equatoriana", disse o presidente.
Santos assegurou ter falado diretamente com Correa, que está em um hospital de Quito, após ter sido agredido por policiais e alguns militares, ao enfrentá-los por suas reivindicações sobre uma lei que corta seus ganhos. "(Expressamos a Correa) todo o nosso apoio e solidariedade", disse.
"Esperamos que esta situação encontre um final pacífico e rápido. Para tanto vamos nos reunir com os presidentes da Unasul para ver como podemos contribuir para que a democracia equatoriana saia desse impasse", acrescentou. O apoio declarado de Santos, presidente de direita, ao governo do socialista Rafael Correa revela uma melhora nas relações diplomáticas entre os dois países.
O Equador rompeu relações com a Colômbia em março de 2008, após um ataque militar colombiano a um acampamento das Farc em território equatoriano, no qual morreram 25 pessoas, entre elas o então número dois da guerrilha, Raúl Reyes.
Com informações de agências internacionais
O presidente Rafael Correa é carregado após passar mal por causa do gás lançado durante os protestos
Foto: AFP
Rafael Correa, vestindo máscara de proteção contra gás, recebe ajuda para sair do local do protesto
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O presidente equatoriano usa máscara enquanto fala com repórteres, pouco antes de ir para o hospital
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Rafael Correa (centro, de terno) fica em meio à fumaça do gás jogado durante os protestos
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O presidente equatoriano, Rafael Correa, faz pronunciamento no Regimento do Exército de Quito
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Policial rebelde participa do protesto, em Quito
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Soldado usa máscara de proteção contra gás durante a manifestação militar
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Rafael Correa usa máscara anti-gás e recebe ajuda de assessores para sair do local do protesto
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Rebeldes queimam pneus durante o movimento próximo ao quartel de polícia, em Quito
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O presidente equatoriano, Rafael Correa, retira a máscara enquanto caminha entre os manifestantes
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O presidente Rafael Correa faz discurso no quartel de Quito, pouco antes de ser atingido por gás lacrimogêneo
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Policial rebelde usa máscara enquando bombas de gás lacrimogêneo são lançadas
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Assessores ajudam o presidente Rafael Correa a retirar a máscara anti-gás lacrimogêneo
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Manifestantes seguram cartazes e apoiam movimento policial rebelde, na capital equatoriana
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General de polícia fala aos rebeldes durante a movimentação contra o governo de Correa, em Quito
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Assessores limpam o rosto de Rafael Correa, que foi agredido por rebeldes durante o protesto militar
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Militares rebeldes ocupam a pista do aeroporto de Quito, que foi fechado devido ao protesto
Foto: EFE
Manifestantes queimam pneus em frente à unidade policial, em Quito
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Militares rebeldes tomam a pista do aeroporto de Quito durante os distúrbios provocados por protestos
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Militares rebeldes seguram cartaz com reclamações sobre as leis impostas pelo governo equatoriano
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O presidente chileno, Sebastián Piñera, emite declaração em que expressa seu respaldo a Correa
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Policiais jogam gás lacrimogêneo contra apoiadores do presidente Rafael Correa em frente à Assembleia
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Integrantes da Força Aérea fazem guarda em frente ao Aeroporto Mariscal Sucre, em Quito
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O fotógrafo da assessoria do governo equatoriano Miguel Jimenez (centro) é cercado por policiais em frente ao quartel de Quito
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Policiais amotinados prendem um guarda-costas em frente ao hospital onde está o presidente Rafael Correa
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, teve um "grave tumor" no nariz no início de 2009 e foi convidado pelo presidente Lula para ser operado em um hospital de São Paulo, segundo um documento divulgado pelo WikiLeaks e desmentido pelo porta-voz de Morales, Ivan Canelas. O documento, de 22 de janeiro de 2009, traz uma conversa entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o embaixador americano no Brasil, Clifford M. Sobel, confirmando a questão
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Ministro das Relações exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, lê declaração do presidente, Raul Castro sobre a situação no Equador
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Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, falou durante visita ao Haiti
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Secretario geral da Organização dos Estados Americanos fala sobre a crise no Equador
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O presidente boliviano, Evo Morales, fala sobre a crise no Equador
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Policial rebelado usa placa de publicidade como escudo para se defender de pedras atiradas por simpatizantes do presidente Rafael Correa
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Manifestantes protestam em frente à embaixada equatoriana em Caracas, na Venezuela, contra crise no Equador
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População vai às ruas para manifestar apoio ao presidente Rafael Correa, que se refugiou em hospital após ser agredido em praça pública
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Mulher ergue cartaz em protesto contra a polícia em Quito: "os que estão armados jamais poderão dialogar"
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Policial sai com a mão ferida após confronto com grupos que apoiam o presidente Rafael Correa no Equador
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Simpatizante do presidente Rafael Correa sofre com o gás lacrimogêneo usado pela polícia
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Simpatizantes de Rafael Correa entram em conflito com policiais do lado de fora do hospital onde o presidente equatoriano se refugiou
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O presidente do Equador, Rafael Correa, fala com a imprensa no palácio do governo em Quito, no Equador. O Exército resgatou Correa de um hospital onde tinha sido preso pelos rebeldes há mais de 12 horas, quando foi apreendido em meio ao gás lacrimogêneo disparado por centenas de policiais indignados com uma lei que, segundo alegam, cortaria seus benefícios
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Militares estendem faixa em frente ao Palácio Presidencial, em apoio ao governo de Rafael Correa
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Simpatizantes do presidente Rafael Correa seguram bandeiras e manifestam apoio junto a soldados
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Da janela do Palácio Presidencial, soldado olha para as ruas de Quito, que amanheceram calmas
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Militares da equipe especial resgatam o presidente Rafael Correa do hospital, em Quito
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Chanceleres do Uruguai, Luis Almagro, da Argentina, Hector Timerman, do Equador, Ricardo Patino e da Bolívia, David Choquehuanca, chegaram a Quito para reunião
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Militares carregam corpo do soldado Jacinto Cortez, morto na operação de resgate de Correa
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Chanceleres buscam ratificar o respaldo à democracia após os distúrbios