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América Latina

Vulcão Tungurahua lança cinzas sobre províncias do Equador

14 ago 2012 - 23h20
(atualizado às 23h38)
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O vulcão Tungurahua, no centro da parcela equatoriana da Cordilheira dos Andes, experimentou nesta terça-feira um grande aumento de sua atividade com duas explosões e lançamento de gases e cinzas que se espalharam por várias províncias do país, segundo um relatório do Instituto Geofísico (IG) da Escola Politécnica Nacional.

Houve um crescimento da atividade sísmica, assim como a deformação de seu cone e o aumento na medição do dióxido de enxofre exalado pelo vulcão, assinalou o IG, que não tem evidências de que a atual atividade possa causar uma crise eruptiva como as de julho e agosto de 2006.

Naquela ocasião, considerada como a maior atividade do Tungurahua em seu atual processo eruptivo, iniciado em 1999, seis pessoas morreram e milhares foram retiradas de seus arredores.

Nos mais de 12 anos de atividade, o Tungurahua, de 5.016 metros de altitude, intercalou períodos de grande atividade com lapsos de relativa calma, e desde abril passado sua situação era relativamente estável.

Segundo o IG, essa situação começou a mudar no início deste mês, quando foram registrados explosões e períodos de tremor constantes, além de ruídos fortes e emissões de vapor de água e cinza.

Na segunda-feira, o lançamento de gás e cinzas, em forma de nuvens, chegou até a cidade de Ambato, a 30 quilômetros de distância, onde houve uma pequena queda do material vulcânico, assinala o relatório do IG.

No entanto, o organismo precisa que durante a última madrugada houve um "aumento substancial do tremor sísmico, acompanhado por intensos rugidos" que causaram a vibração de janelas no centro de vigilância situado a dez quilômetros do vulcão.

Também foi registrada queda de cinzas em Pillate e Cusúa, situadas na província de Tungurahua, e em Choglontús, na vizinha Chimborazo, todas localizadas nas cercanias do vulcão.

Em imagens de satélites, o IG observou que a esteira de gás e cinzas expelidas pelo vulcão se estendeu ao norte e noroeste, chegando inclusive a passar pelas províncias litorâneas de Manabí e Guaias.

"Não podemos descartar pulsos de atividade maiores no médio e longo prazo", assinala o relatório do IG, que mantém uma vigilância constante sobre o comportamento da montanha.

EFE   
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