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América Latina

Colômbia é "a irmã mais complicada", diz vice da Venezuela

28 ago 2015 - 17h26
(atualizado às 19h12)
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Foto: EFE

O vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou nesta sexta-feira que a Colômbia é a "irmã mais complicada" que existe e afirmou que "às vezes não há institucionalidade" no outro lado da fronteira, no território colombiano.

"A Colômbia é nossa irmã e estamos destinados a viver e a conviver com ela sempre. É a irmã que queremos ter, mas é a irmã mais complicada que existe neste continente e talvez no mundo", disse Arreaza a jornalistas.

O vice-presidente fez estas declarações durante a manifestação convocada hoje pelo governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para apoiar as medidas de fechamento e estado de exceção que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, decretou em parte da fronteira com a Colômbia.

"Temos uma grande fronteira com a Colômbia. São mais de 2 mil quilômetros de extensão. É uma fronteira muito complexa porque às vezes do outro lado da fronteira não há Estado colombiano, não há institucionalidade, às vezes, do lado colombiano, governa o paramilitarismo", justificou.

Segundo Arreaza, desde que a passagem à Colômbia foi fechada em seis municípios da fronteira do estado de Táchira, produtos de primeira necessidade que faltavam na região por causa do contrabando voltaram a aparecer.

"Em San Cristóbal agora tem xampu e sabão. Leite em pó, produtos básicos e frango estão aparecendo. Há um ano, não tinha carne de frango em San Antonio do Táchira", assinalou.

A fronteira está fechada desde 20 de agosto na Ponte Internacional Simón Bolívar, que liga às cidades de Cúcuta (Colômbia) a San Antonio do Táchira (Venezuela). A decisão de Maduro foi tomada alegando que a determinação faz parte de uma campanha contra o contrabando e paramilitares. Esta medida foi decretada após um ataque de supostos contrabandistas que deixou um civil e três militares venezuelanos feridos.

Pelo menos mil colombianos que moravam de forma ilegal na região de fronteira - muitos deles há vários anos - foram deportados nos últimos dias para Cúcuta, de acordo com dados do Serviço de Imigração da Colômbia.

EFE   
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