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América Latina

Venezuela prevê crise com EUA por anulação de visto de embaixador

30 dez 2010 - 15h24
(atualizado às 15h32)
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O presidente da Comissão de Política Externa do Parlamento da Venezuela, o deputado governista Roy Daza, previu nesta quinta-feira uma ruptura de Washington com Caracas após a revogação do visto americano de seu embaixador nos Estados Unidos, Bernardo Álvarez.

"Se houver uma ruptura de relações será responsabilidade de (presidente dos EUA, Barack) Obama e da secretária de Estado, Hillary Clinton", disse Daza sobre a anulação do visto anunciada na quarta-feira por Washington.

Em declarações à emissora VTV, o parlamentar atribuiu a decisão americana a "um aprofundamento da política de agressão" contra o governo do presidente Hugo Chávez.

O governante venezuelano já tinha advertido na última terça-feira que Washington atuaria nesse sentido em resposta a sua recusa em aceitar Larry Palmer como embaixador dos EUA no país, depois que este deu declarações consideradas "inaceitáveis" sobre a Venezuela.

Em agosto, Palmer declarou que a moral dos militares venezuelanos estava em baixa e que era necessário investigar a suposta presença de guerrilhas colombianas na Venezuela.

"Se o governo (americano) vai expulsar nosso embaixador lá, que expulse! Se quer cortar relações diplomáticas, que corte!", disse Chávez na última terça-feira em um ato diante de militares ao reiterar sua rejeição a que Palmer viajasse para Caracas.

"A culpa não é minha, é deles". Sua atitude "viola as leis internacionais mais elementares", afirmou o presidente venezuelano.

A decisão da revogação do visto de Álvarez foi anunciada na quarta-feira inicialmente pelo vice-chanceler venezuelano Temir Porras na rede social Twitter, e foi confirmada posteriormente pelo Departamento de Estado.

EFE   
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