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América Latina

Venezuela: para impugnar eleição é preciso provas, diz CNE

22 abr 2013 - 12h25
(atualizado às 13h03)
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Tania D'Amelio, uma das cinco integrantes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, afirmou nesta segunda-feira que para poder impugnar o resultado das eleições do dia 14 de abril a oposição deve apresentar as provas das irregularidades que foram denunciadas publicamente.

Em declarações ao canal estatal Venezolana de Televisión, a reitora sustentou que a oposição não impugnou o resultado eleitoral que deu à vitória ao presidente Nicolás Maduro sobre o candidato opositor, Henrique Capriles, por uma diferença de 1,83%.

"Eu não posso chegar ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e dizer que houve fraude. Na impugnação, você tem que ter claro as mesas que supostamente foram registradas fraudes, assim como o nome de cada um dos centros, apontou Tania, que completou: "Juridicamente não há nenhuma impugnação".

Na noite da última quinta-feira, o CNE anunciou que seria realizada uma ampliação da auditoria eleitoral a 100% dos votos das eleições, em uma decisão que foi muito celebrada pelos opositores.

Neste fim de semana, no entanto, a reitora Sandra Oblitas declarou que a auditoria não mudaria o resultado da eleição e lamentou que a medida anunciada tivesse "gerado uma falsa expectativa sobre uma suposta recontagem" dos votos.

Já Tania, por sua vez, declarou hoje que a lei dá um prazo de 15 dias para impugnar o resultado após a proclamação do candidato ganhador, que, neste caso, foi realizada no último dia 15 de abril.

"Há um período exclusivo para impugnar os resultados, são os 15 dias depois da proclamação. Se não estão de acordo com os resultados, por que estão esperando tanto tempo para fazer a impugnação?", afirmou a reitora em referência à oposição.

A oposição venezuelana não reconhece o resultado das eleições e também denunciou que as irregularidades detectadas por seu comando afetam cerca de 1 milhão de votos.

O novo presidente, Nicolás Maduro, alcançou um apoio de 50,78% (7.575.704 votos), enquanto o opositor Henrique Capriles obteve 48,95% (7.302.648 votos), segundo um relatório emitido pelo CNE com base em 98,97% dos votos apurados.

EFE   
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