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América Latina

Venezuela: oposição pedirá impugnação do resultado da eleição nesta quinta

Candidato derrotado no última dia 14 de abril, Henrique Capriles apresentará o pedido ao Tribunal Supremo de Justiça

1 mai 2013 - 14h37
(atualizado às 16h32)
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<p>Capriles acusou o governo venezuelano de roubar as eleições</p>
Capriles acusou o governo venezuelano de roubar as eleições
Foto: AFP

A oposição venezuelana tentará impugnar nesta quinta-feira no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) o resultado da eleição presidencial de 14 de abril, nas quais o presidente Nicolás Maduro venceu o líder opositor Henrique Capriles por uma vantagem apertada. Capriles fez o anúncio durante um ato público realizado nesta quarta pelo Dia do Trabalho no leste de Caracas.

"Vamos esgotar todas as instâncias internas porque não nos resta dúvida alguma de que este caso vá parar na comunidade internacional. Este caso vai acabar percorrendo cada país onde houver democracia", acrescentou o governador do Estado de Miranda, em meio a uma multidão de seguidores.

O prazo para apresentar a impugnação termina na segunda-feira. A iniciativa acontece depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter anunciado o início de uma auditoria dos resultados eleitorais, mas sem a revisão dos registros de votação, exigência importante da oposição para demonstrar supostas irregularidades.

O líder e ex-candidato presidencial opositor não reconhece os resultados das eleições do último 14 de abril, os quais deram a vitória a Nicolás Maduro. Por causa de uma estreita margem de votos, cerca de 250 mil, Capriles pediu uma recontagem e, posteriormente, a auditoria de 100% dos sufrágios com base na revisão dos recibos de votação, nas atas e nos cadernos eleitorais.

O CNE decidiu fazer essa revisão, mas sem autenticar as marcas dos cadernos eleitorais, o que levou Capriles a se desvincular dessa auditoria. "Embora esteja ciente da realidade, nós vamos esgotar toda a institucionalidade e todas as instâncias internas", indicou Capriles ao reconhecer a falta de expectativa por parte do máximo tribunal em relação a sua reivindicação.

O líder opositor assinalou que não tem "nenhuma dúvida que este caso vai terminar na comunidade internacional". "Este caso vai a terminar percorrer cada país onde houver democracia", acrescentou Capriles.

"Esta crise política foi gerada pelo próprio governo", completou o opositor ao lembrar que, na noite de 14 abril, Maduro aceitou a revisão dos votos. Capriles rejeitou mais uma vez a "auditoria chimba" (mal feita) que foi articulada pelo CNE.

Nesta quarta-feira, Capriles também defendeu a luta da oposição, que, segundo ele, parte em busca da verdade, e convocou seus simpatizantes a protestar de forma pacífica. "Nossa luta é uma luta pela verdade e a verdade tem que imposta de forma pacífica", afirmou o opositor ao assegurar que o governo de Maduro é "frágil", "ilegítimo", "tem pés de barro" e "pode cair a qualquer momento".

"Este governo vai cair com base nos mecanismos que a própria Constituição estabelece", indicou. O governo, por sua vez, acusou diretamente a Capriles pelos incidentes registrados após os protestos da oposição, os quais deixaram um saldo de 10 mortos, algo que o líder opositor responsabilizou o Executivo de Maduro.

Com informações das agências EFE e AFP.

Fonte: Terra
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