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América Latina

Venezuela coleta 3 milhões de assinaturas para que Obama revogue medidas contra o país

25 mar 2015 - 21h23
(atualizado às 21h23)
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O governo socialista da Venezuela afirmou nesta quarta-feira ter coletado mais de três milhões de assinaturas pedindo que o presidente dos EUA, Barack Obama, revogue as medidas que declararam o país uma ameaça de segurança.

Manifestante venezuelano segura cartaz contra presidente dos EUA, Barack Obama, em Caracas.  15/03/2015.
Manifestante venezuelano segura cartaz contra presidente dos EUA, Barack Obama, em Caracas. 15/03/2015.
Foto: Jorge Silva / Reuters

Na pior crise entre os dois inimigos ideológicos desde que Nicolás Maduro assumiu o poder em 2013, Washington anunciou no início deste mês a existência de uma “emergência nacional” devido a “uma incomum e extraordinária ameaça” vinda da Venezuela e aplicou sanções contra sete autoridades venezuelanas, acusadas de abusos contra os direitos humanos e corrupção.

Em resposta, Maduro acusou Washington de planejar invadir a Venezuela e transformou praças públicas por todo o país de 29 milhões de habitantes em centros de recolhimento de assinaturas para apoiar uma petição de cunho nacionalista, de autoria do Partido Socialista.

A oposição tem denunciado que os venezuelanos, especialmente funcionários públicos, estão sendo obrigados a assinar.

“De acordo com nossas projeções, vamos coletar 10 milhões de assinaturas para dizer ‘Obama: revogue a ordem executiva”, disse Jorge Rodriguez, um representante graduado do Partido Socialista. Ele confirmou que três milhões de pessoas haviam assinado a petição em duas semanas.

Maduro espera entregar as assinaturas a Obama durante a Cúpula das Américas, a ser realizada no Panamá no próximo mês.

Embora representantes do governo dos EUA tenham dito que as medidas têm a intenção apenas de punir as sete autoridades venezuelanas, negando a existência de uma agenda mais ampla, aliados da Venezuela, incluindo países como Rússia e Argentina, emitiram mensagens de apoio aos venezuelanos.

O bloco de países sul-americanos Unasul também condenou a “interferência” dos EUA.

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