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América Latina

Vázquez desponta como favorito no fim da campanha uruguaia

Eleição presidencial acontece em 30 de novembro

24 nov 2014 - 21h52
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No primeiro turno, no último dia 26 de outubro, Vázquez (foto) obteve 47,9% dos votos
Foto: Andres Stapff / Reuters

A campanha do segundo turno das eleições no Uruguai entrou nesta segunda-feira em sua reta final com o candidato da coalizão de esquerda governista Frente Ampla, Tabaré Vázquez, tranquilo por seu amplo favoritismo e o opositor Luis Lacalle Pou cada vez mais resignado.

O panorama para o pleito do próximo domingo, 30 de novembro, se apresenta "bastante claro" e o triunfo de Vázquez, que já foi presidente do Uruguai de 2005 a 2010, é "seguro", disse à Agência Efe o sociólogo Ignacio Zuasnábar, diretor de Opinião Pública da empresa de consultoria Equipos Mori.

A "única incógnita" que será revelada nas urnas é "qual será a porcentagem" de apoio que Vázquez receberá e "como ficará posicionado" Lacalle Pou no futuro governo.

Zuasnábar qualificou como "tímida, fria e pouco chamativa" a campanha para o segundo turno das eleições.

Um exemplo do que disse o analista é a praticamente nula presença dos candidatos em atos no final de semana passado, o último antes das eleições, e as poucas atividades programadas de hoje até o fechamento da campanha na próxima quinta-feira.

Vázquez, por exemplo, não participou de nenhum evento durante o fim de semana e não tem nada programado até quarta-feira, quando, acompanhado por seu companheiro de chapa, o candidato a vice-presidente Raúl Sendic, visitará os povoados de José Pedro Varela e Lascano e a cidade de Maldonado.

Depois, só participará do grande ato de fim de campanha na quinta-feira.

Lacalle Pou, por sua parte, em uma circunstância que contrasta com a grande atividade que desenvolveu no primeiro turno, só tem programado um ato para hoje e outro para amanhã, e descansará na quarta-feira, antes do encerramento da campanha que realizará na cidade de San Carlos.

Neste domingo, o candidato do opositor Partido Nacional disse em entrevista ao jornal El País que se mantém em campanha pelo "entusiasmo e o amor" que seu projeto lhe desperta, perante a reconhecida "dificuldade" de ganhar as eleições.

Nesse sentido se esperam também poucas surpresas em relação ao conteúdo das propostas, com um Vázquez limitado a insistir nos sucessos de seu governo anterior e nos do governo de José Mujica, também da Frente Ampla, e Lacalle tentando alertar sobre possíveis aumentos tributários após as eleições.

O caso é que as projeções de voto, as enquetes e, como o próprio Lacalle Pou reconhece, até "a matemática", praticamente eliminaram as possibilidades do candidato do Partido Nacional vencer o ex-presidente.

No primeiro turno, no último dia 26 de outubro, Vázquez obteve 47,9% dos votos, o que serviu ainda para que a Frente Ampla mantivesse sua maioria na Câmara dos Deputados (50 de 99 cadeiras), muito mais do que previam as enquetes.

O Partido Nacional de Lacalle alcançou 30,9% dos votos, e o Partido Colorado, tradicional governante do Uruguai até 2005, terminou com apenas 12,9%.

"Pode ser que Vázquez tenha uma diferença maior que a obtida em 2009 com José Mujica. Naquele ano Mujica ganhou com 52% no segundo turno, contra 44% de Lacalle Herrera (pai de Lacalle Pou). E agora Vázquez não só obteve mais que o Partido Nacional e o Partido Colorados juntos, como também a possibilidade de Lacalle conseguir novos votos é menor", opinou Zuasnabar.

O marasmo desta última semana de campanha ainda pode acarretar um maior número de votos em branco, que em última instância também beneficiarão o ex-presidente, que só precisa conseguir mais votos que seu rival e não obter nenhuma maioria qualificada.

EFE   
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