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América Latina

Uruguai lança compromissos de igualdade para 2016

8 mar 2016 - 17h06
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Acabar com a violência doméstica e eliminar as diferenças salariais entre homens e mulheres serão o foco da estratégia do Uruguai em prol da igualdade de gênero neste ano, apresentada nesta terça-feira, Dia internacional da Mulher, por vários ministros.

O Conselho Nacional de Gênero - integrado por todos os ministérios - e o Instituto Nacional das Mulheres (Inmujeres) lançaram os "Compromissos 2016 em Políticas de Igualdade de Gênero" em um ato em Montevidéu.

"Sete de cada dez mulheres uruguaias viveram em algum momento da vida alguma forma de violência de gênero", afirmou à Agência Efe a presidente do Inmujeres, Mariela Mazzotti.

De acordo com o ministro do Interior, Eduardo Bonomi, a violência de gênero e doméstica "tem vários aspectos" e é necessária "uma mudança cultural" que derive na "prevenção social deste crime", já que a atuação da polícia se limita à parte repressiva do ocorrido.

Outro dos aspectos que centram os compromissos do Estado uruguaio em matéria de gênero é o de acabar com a diferença salarial que existe entre homens e mulheres.

"Quanto mais mulheres formadas, maior é a diferença salarial. Para os cargos mais especializados, que são os maias bem pagos, sempre são indicados os homens", disse Mariela.

Ontem, o Ministério de Desenvolvimento Social (Medes) publicou um relatório mostrando que, em média, as mulheres possuem mais estudos, mas recebem salários menores.

Sobre isso, o ministro do Trabalho, Ernesto Murro, destacou uma série de avanços, mas indicou que há muitos desafios.

"Apesar de as mulheres serem maioria no país, há mais homens trabalhando", disse ele.

Por outro lado, Murro comentou que no próximo dia 30 haverá uma negociação com entidades públicas e privadas para abordar esta situação e incluir cláusulas vinculadas ao assédio sexual no ambiente de trabalho, outro ponto considerado desafiante em matéria de igualdade de gênero no Uruguai.

A estratégia do governo também se centrará na eliminação dos estereótipos de masculino e feminino no âmbito educativo e no direito a uma vida saudável facilitando a igualdade de acesso ao sistema de saúde e que as mulheres possam ter acesso a seus direitos sexuais e reprodutivos.

Outro ponto do plano será o aumento a presença de mulheres no âmbito empresarial, algo que a ministra da Indústria, Carolina Cosse, destacou como fundamental.

EFE   
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