Um ano após terremoto do Haiti, Terra ouve ONGs e analistas
Nesta semana, completa-se um ano de uma das piores tragédias naturais da história recente: o terremoto do Haiti, ocorrido às 16h53 (19h53 pelo horário de Brasília) de 12 de janeiro de 2010. O tremor, que atingiu os 7 graus na escala Richter, teve seu epicentro localizado 25km a oeste da capital Porto-Príncipe, que foi completamente devastada com um saldo de 230 mil mortos e 300 mil feridos.
Após o episódio, a comunidade internacional manifestou maciço apoio ao país, seja através de promessas de ajuda financeira ou do envio e do reforço de trabalho de ONGs. Mas os esforços - sobretudo a coordenação dos mesmos - não foram suficientes, e a população haitiana se prepara para este aniversário sem muito o que comemorar e somando ainda de 1 milhão de pessoas desalojadas, vivendo em barracas de acampamentos.
Para relembrar a data e tentar entender o que aconteceu e, sobretudo, o que não aconteceu no Haiti ao longo desses 12 meses, o Terra ouviu pessoas e instituições ligadas ao desafio da reconstrução do país caribenho. Como se deu esse processo? O que melhorou? O que deu errado? Que podem os haitianos esperar de 2011?
Ao longo desta semana, publicamos matérias com a organização Médicos Sem Fronteiras (clique aqui para ler), com a Pastoral da Criança (clique aqui para ler), com o analista Ricardo Seitenfus (clique aqui para ler) e com o Exército brasileiro. Na sexta, fecharemos a série com o relato da ONG VivaRio.
As análises e os relatos dos envolvidos trazem perspectivas para o que foi o 2010 haitiano, que ainda deixa para 2011 os resultados de um surto de cólera e as incertezas de um processo eleitoral inacabado. De modo geral, todos concordam que pouco foi feito no ano passado e que os desafios para o futuro são enormes. Ao que tudo indica, o terremoto já passou, mas ainda deve reverberar por muitos anos no solo haitiano.