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América Latina

UE diz que julgamento de López não tem garantias adequadas

11 set 2015 - 09h11
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A União Europeia (UE) disse nesta sexta-feira que o processo contra o dirigente opositor venezuelano Leopoldo López e quatro estudantes não teve garantias adequadas em matéria de transparência e de devido processo legal, e pediu que as instâncias de apelação revisem as "severas" penas de maneira justa.

"As sentenças contra o senhor Leopoldo López, coordenador nacional do partido Vontade Popular, e contra os quatro estudantes Christian Holdack, Marcos Coello, Demian Martín e Ángel González não proporcionaram aos acusados as garantias adequadas de transparência e devido processo legal", assinalaram os porta-vozes do Serviço de Ação Exterior da União Europeia.

A UE também lamentou que "forças de segurança locais impedissem diplomatas e outros observadores independentes de comparecer às fases finais do julgamento apesar da autorização dada pelo juiz".

A Justiça venezuelana condenou nesta sexta-feira López a quase 14 anos de prisão por ter incitado a violência durante uma manifestação contra o Governo, decisão emitida após um processo judicial que, segundo a defesa, foi "injusto" e, segundo a Corte Suprema, "se cumpriu a lei".

López foi condenado a "13 anos, 9 meses, 7 dias e 12 horas de prisão" a maior pena esperada para os delitos de instigação pública, formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio atribuídos ao dirigente pelos fatos violentos no final de uma manifestação convocada entre outros por ele, em 12 de fevereiro de 2014.

Além de López, foram julgados Holdack, por suposto "incêndio, danos, formação de quadrilha e instigação pública".

Martín e González também são acusados dos dois últimos delitos.

Também faz parte do caso Coello, com as mesmas acusações que López e Holldack, mas que na semana passada, na primeira audiência conclusiva, não apareceu e se soube que tinha saído do país, aparentemente, com destino a Miami (EUA).

Os protestos contra o governo que começaram em fevereiro e se estenderam por vários meses, deixaram um saldo de 43 mortos, além de centenas de feridos e detidos entre simpatizantes opositores, governistas e pessoas sem ligação política aparente.

EFE   
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