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América Latina

Tsunami gerado por terremoto no Chile atinge Havaí

27 fev 2010 - 19h08
(atualizado às 20h10)
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A série de grandes ondas gerada pelo terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado chegou ao Havaí, informou o Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico. As ondas chegaram cerca de 1 m acima do nível normal, segundo o órgão.

Comerciante prepara barreira de sacos de areia, para proteger sua loja do Tsunami
Comerciante prepara barreira de sacos de areia, para proteger sua loja do Tsunami
Foto: EFE

"Está claro que um tsunami está ocorrendo no Havaí atualmente", disse Nathan Becker, oceanógrafo do centro de alertas. Até agora não houve problemas no arquipélago, mas há relatos de danos em Ventura (Califórnia).

Ao Havaí, chegaram duas ondas do tsunami, com um intervalo de 20 minutos, de acordo com o oceanógrafo. Segundo ele, o tsunami deve durar entre uma e duas horas.

O tsunami atingiu o arquipélago pouco depois das 12h05 (19h05 de Brasília), mas o Havaí estava sob aviso e as autoridades tinham feito soar as sirenes às 6h (13h), quando começou a evacuação dos habitantes de áreas litorâneas. O Aeroporto Internacional de Hilo, situado perto do litoral, foi fechado e as autoridades exigiram a retirada de embarcações da costa.

O Pentágono levou seus navios militares dos portos do Havaí para alto-mar, onde o impacto das ondas gigantes não é sentido. Mais cedo, a Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) afirmou, em comunicado, que o tsunami poderia gerar danos no litoral de todas as ilhas do Havaí e enfatizou a necessidade de "tomar medidas urgentes para proteger vidas e propriedades".

Após o terremoto registrado na madrugada de hoje no Chile, os EUA emitiram um alerta de tsunami para praticamente todos os territórios do Pacífico, como Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Indonésia, Japão e Filipinas. Antes de chegar aos EUA, o tsunami matou três pessoas no arquipélago chileno de Juan Fernández, onde há outros 13 desaparecidos.

O tsunami também chegou às praias da Ilha de Páscoa, Ilhas Galápagos e da costa do México perto de Acapulco, embora com menor intensidade. Peru, Equador e América Central já suspenderam o alerta de tsunami. O México o mantém e adverte de uma elevação progressiva do nível do mar de Chiapas a Baixa Califórnia.

As ondas registradas até agora são muito menores que as de 2004 (10 m) no oceano Índico, que deixaram mais de 226 mil mortos. O terremoto aconteceu hoje às 3h36 (na hora local e em Brasília) com epicentro na região de Bío-Bío, a 500 km de Santiago e a 90 km da capital regional, Concepción.

O governo chileno confirmou pelo menos 214 mortos na tragédia. O sismo chegou a ser sentido em alguns bairros de São Paulo e teve 8,8 graus de magnitude na escala Richter, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, em inglês).

Tragédia no Chile
Mais de 200 pessoas morreram morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

Fonte: Redação Terra
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