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Mundo

Tremor de 7,2 graus sacode Chile antes da posse presidencial

11 mar 2010 - 11h54
(atualizado às 15h04)
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Duas réplicas do terremoto de 27 de fevereiro atingiram nesta quinta-feira a região central do Chile e causou tensão pouco antes da cerimônia de posse do presidente eleito, Sebastián Piñera. Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), um dos tremores alcançou magnitude 7,2.

Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, Paraguai, Fernando Lugo, e Equador, Rafael Correa, se assustam com tremor durante a posse do colega chile Sebastián Piñera em Santiago
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, Paraguai, Fernando Lugo, e Equador, Rafael Correa, se assustam com tremor durante a posse do colega chile Sebastián Piñera em Santiago
Foto: AFP

Segundo testemunhas, os dois novos tremores foram sentidos dois tremores com intervalo 17 minutos de um para o outro. O novo fenômeno, que foi sentido com força em Santiago e no porto de Valparaíso, onde acontecerá a posse de Piñera com a presença de diversos chefes de Estado, foi registrado às 11h39.

Alerta

Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o epicentro do tremor está localizado a 144 km ao sul de Valparaíso e a uma profundidade de 35 km. Ainda não há informações sobre possíveis estragos ou vítimas. O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha chilena recomendou que a população das localidades costeiras de Valparaíso e Los Lagos procurem regiões altas.

Tragédia no Chile

Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos passa de 800, e o número de afetados chega a 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago

Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas.

A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti

O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

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