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América Latina

Tremor de 4,5 graus volta a causar pânico no Haiti

16 jan 2010 - 15h08
(atualizado às 15h22)
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Um tremor de 4,5 graus na escala Richter, uma réplica do devastador terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira, foi registrado neste sábado no país caribenho, voltando a espanhar o pânico entre os haitianos, informou o Instituto Geológico dos Estados Unidos.

infográfico info haiti grana assistência internacional
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Foto: Reuters

Um porta-voz do órgão disse à agência EFE que, desde o grande terremoto de terça-feira, mais de 50 réplicas fizeram o Haiti tremer de novo.

O terremoto de hoje, que segundo informações vindas de Porto Príncipe assustou quem está na capital haitiana, foi sentido por volta das 11h (14h de Brasília).

O epicentro do novo tremor foi localizado 25 km a oeste de Porto Príncipe, onde, por precaução, os trabalhos de resgate foram suspensos temporariamente.

No entanto, cinco minutos depois, as equipes voltaram a trabalhar contra o relógio em vários pontos da capital em busca de sobreviventes.

O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 km de Porto Príncipe, a capital do país. A Cruz Vermelha do Haiti estima que o número de mortos ficará entre 45 mil e 50 mil.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, havia falado de "centenas de milhares" de mortos.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

EFE   
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