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América Latina

Tremor afetou 2 milhões de chilenos; Bachelet pede calma

27 fev 2010 - 21h13
(atualizado às 22h09)
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A presidente do Chile, Michele Bachelet, afirmou neste sábado, em pronunciamento, que "não será fácil normalizar a situação no país" após o terremoto de 8,8 graus da escala Richter, registrado durante a última madrugada. Ela pediu a confiança dos chilenos nas autoridades e que mantenham a calma. Segundo a presidente, 2 milhões de pessoas foram afetadas, 15 estão desaparecidas e pelo menos 214 morreram.

Homem se desespera abraçado ao filho, após terremoto em Concepcion
Homem se desespera abraçado ao filho, após terremoto em Concepcion
Foto: AP

"As forças da natureza bateram duramente em nossa pátria e, mais uma vez, põem a toda prova nossa capacidade para enfrentar as adversidades e nos colocarmos de pé", disse a governante em mensagem transmitida ao vivo por todos os canais de televisão e de rádio do país.

"Ainda não é possível conhecer completamente a magnitude desta catástrofe; a dimensão efetiva do impacto deste evento não será conhecida antes de 48 ou 72 horas", afirmou Bachelet, visivelmente abatida, com roupa preta.

A presidente disse que o sismo é o de maior magnitude nos últimos 50 anos no Chile. "Teremos à frente uma árdua tarefa tanto para enfrentar a emergência como para a reconstrução; não será fácil, requer tempo e muitos recursos", afirmou.

Bachelet reafirmou o adiamento do início do ano escolar nas regiões mais afetadas para, pelo menos, 8 de março, e a suspensão de eventos públicos.

Tragédia no Chile
Mais de 140 pessoas morreram morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

Fonte: Redação Terra
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