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América Latina

Terremoto no Haiti faz vítimas militares de ao menos 5 países

13 jan 2010 - 10h39
(atualizado às 14h16)
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O terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o Haiti e davastou sua capital, Porto Príncipe, já matou militares de pelo menos cinco países que participavam da missão de paz da ONU na ilha caribenha, formada por 6,7 mil integrantes. Ainda não há uma estimativa sobre o total de vítimas devido à precariedade das instituições civis no Haiti. A expectativa é que o número chegue a milhares.

Mulher se desespera ao ver o cenário de destruição
Mulher se desespera ao ver o cenário de destruição
Foto: AFP

China, Brasil, Jordânia, Argentina e França são os países que já notificaram mortes de cidadãos. A Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) afirmou que cerca de 3 milhões de pessoas podem ter sido afetadas pelo forte terremoto. De acordo com a CV, o Haiti estava mal preparado para lidar com um desastre desta magnitude e pode se levar de 24 a 48 horas para se conhecer o real cenário de destruição causado pelo terremoto.

Confira as vítmas já confirmadas pelos países.

Brasil

No Brasil, o comandante do Exército, Enzo Peri, disse nesta quarta-feira que já estão confirmadas 11 mortes (além de Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança), oito desaparecidos e nove feridos. Entretanto, o ministro interino da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Rogério Sottili, afirmou que há relatos de que mais de 17 brasileiros mortos.

Argentina

A Argentina confirmou a morte de um policial de fronteira. A vítima fatal é o cabo Gustavo Gómez, que cumpria funções na Missão das Nações Unidas no Haiti.

Jordânia

A agência oficial de notícias da Jordânia afirmou que três de seus militares que estavam em missão de paz no Haiti morreram. Outros 21 ficaram feridos.

China

Na China, pelo menos dez capacetes azuis de nacionalidade chinesa membros da missão das Nações Unidas no Haiti desapareceram. Outros oito estão soterrados sob os escombros, informou a imprensa oficial.

França

O ministro do Exterior da França, Bernard Kouchner, disse que o chefe civil da Missão de Estabilização da ONU no Haiti, Hedi Annabi, morreu. Kouchner afirmou teme que a morte de todas as pessoas que estavam no edifício ONU.

"O prédio da ONU desabou, e parece que todos os que estavam lá dentro, incluindo meu amigo Heni Annabi, que era o enviado especial das Nações Unidas... estão mortos", disse Kouchner à rádio francesa RTL. Kouchner afirmou também que o presidente do Haiti, René Préval, conseguiu escapar do palácio presidencial, que também ruiu no terremoto.

Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos.

O Haiti é o país mais pobre do continente americano. O Brasil comanda cerca de 7 mil soldados da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem cerca de 1,3 mil homens na região. As Forças Armadas Brasileiras participaram do socorro às vítimas de furacões no país em 2004 e 2008.

Fonte: Redação Terra
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