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América Latina

Terremoto derruba muro de prisão e mais de 200 fogem no Chile

27 fev 2010 - 16h16
(atualizado às 16h31)
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Mais de 200 detentos escaparam de uma prisão no sul do Chile pela queda de um dos muros do local durante o terremoto de mais de 8 graus na escala Richter que sacudiu o país na madrugada deste sábado. O fato foi confirmado à imprensa local pelas autoridades do serviço de prisões, que explicaram ainda que em princípio foram 269 que escaparam, mas os guardas conseguiram capturar 60 deles.

Carros ficam virados sobre rodovia elevada que desabou nas proximidades de Santiago
Carros ficam virados sobre rodovia elevada que desabou nas proximidades de Santiago
Foto: AP

A fuga ocorreu na cidade de Chillán, a 401 km de Santiago, na região de Bío-Bío, uma das mais afetadas pelo sismo ocorrido às 3h36 locais, que deixou pelo menos 147 mortos segundo fontes oficiais. O terremoto aconteceu às 3h36 (na hora local e em Brasília) com epicentro na região de Bío-Bío, a 500 km de Santiago e a 90 quilômetros da capital regional, Concepción.

O governo chileno confirmou pelo menos 147 mortos na tragédia. O sismo chegou a ser sentido em alguns bairros de São Paulo e teve 8,8 graus de magnitude na escala Richter, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, em inglês). Entretanto, o Instituto Sismológico da Universidad do Chile afirma que a força foi de 8,3 graus.

O terremoto gerou um tsunami no Oceano Pacífico que chegará ao Havaí pouco depois das 18h (Brasília), como informou a Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês). A NOAA emitiu ainda um alerta de tsunami para uma ampla área do Pacífico, incluído México, Peru, Equador, Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Indonésia, Japão e Filipinas, além do Chile.

Tragédia no Chile
Mais de 140 pessoas morreram morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

EFE   
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