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América Latina

Suspenso casamento de argentina com assassino da irma gêmea

21 dez 2012 - 17h34
(atualizado às 17h49)
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Uma juíza do sul da Argentina suspendeu, nesta sexta-feira, o casamento de uma jovem com um homem condenado a 13 anos de prisão por ter assassinado sua irmã gêmea em 2010. Edith Casas tinha programado se casar nesta sexta-feira na cidade de Pico Truncado com Víctor Cingolani, que cumpre pena por sua participação na morte da modelo Johana Casas.

Mulher queria se casar com assassino da irmã gêmea na Argentina
Mulher queria se casar com assassino da irmã gêmea na Argentina
Foto: Reprodução

Mas a juíza local, Graciela Zapata, suspendeu o casamento por uma ação judicial apresentada pela família das gêmeas. O casal já recorreu da medida e agora a magistrada terá que se posicionar sobre o polêmico assunto. Em sua ação, a mãe de Edith sustentou que a filha "não se encontra no plenário uso de suas faculdades, está privada de sua razão e corre risco reais de abusos de sua integridade física e psíquica", solicitando que a justiça realize exames psicológicos em Edith.

Em contrapartida, o advogado de Cingolani disse que não existem "indícios" e nem "perícias" que justifiquem a suspensão do casamento, que já tinha sido aprovado pela Câmara Criminal. Em declarações aos meios de imprensa locais, a jovem disse hoje que vai "defender" seu casamento e afirmou que durante o julgamento por conta do assassinato de sua irmã, "sofreu pressão da família" para acusar o futuro marido de estuprá-la repetidamente.

Desde a prisão na qual cumpre pena de 13 anos por conta do homicídio de Johana, Cingolani disse ao jornal Clarín que chorou com a morte da ex-namorada como chorou na morte de seu pai. "Senti a mesma dor porque eu sempre quis Johana", disse. Além disso, o acusado diferenciou sua relação com Johana da que mantém com Edith. "A relação com Johana foi algo menor. Eu amo Edith, quero formar uma família, ter filhos, viver uma vida normal como todo mundo. Por isso, decidimos nos casar", disse, após afirmar que é "inocente".

O pai de Edith disse que se sentia "traído" por sua própria filha e acusou a jovem de ter "passado informações de tudo o que se falava em casa para Cingolani, que é um assassino psicopata". Cingolani foi acusado e condenado a cumprir 13 anos de prisão por participar do homicídio da modelo Johana Casas, de 20 anos, morta com dois tiros em 2010.

EFE   
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