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América Latina

Sósias de Hemingway vão a Havana para colóquio em homenagem ao escritor

25 jun 2013 - 06h16
(atualizado às 07h19)
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A imponente figura de Ernest Hemingway, multiplicada por seis "sósias" - que por conta da semelhança com o romancista ganharam um concurso nos Estados Unidos - provoca a curiosidade de cubanos e turistas, enquanto os homens passeiam pelas ruas mais antigas da cidade de Havana, principalmente nos lugares que lembram o escritor americano.

Esta foi uma das novidades do 14º Colóquio Internacional dedicado ao autor de "O Velho e o Mar", que aconteceu no hotel Palácio O'Farrill, no centro histórico de Havana, onde mais de cem estudiosos, acadêmicos e admiradores de Hemingway (1899-1961) vindos de países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Itália e República da Irlanda, debateram sobre a vida e obra dele.

Os americanos Wally Collins, Stephen Terry, Gregory Fawcet, Thomas Mitchell, Edward Barry e Far Torrell, são os sósias que exibiram com orgulho a grande semelhança com o renomado escritor e jornalista, quando este já tinha quase 60 anos.

"Realmente estou aqui só para participar dos quatro dias do Colóquio em Havana, o que me parece uma excelente oportunidade", disse Fawcet à Agência Efe durante visita aos bares dos restaurantes "La Bodeguita del Medio" e "El Floridita", dois lugares onde Hemingway deixou sua marca em Havana.

Em "La Bodeguita", Fawcet e seus companheiros experimentaram um dos drinks mais emblemáticos da ilha, o "mojito" - uma bebida popular preparada com rum, açúcar, limão, menta ou hortelã, água mineral e gelo - ao som de um grupo musical que tocou músicas tradicionais cubanas.

O tour continuou no famoso "El Floridita", onde Hemingway ia quase todos os dias para beber seu coquetel favorito: o daiquiri, feito com rum branco, batido com suco de limão e gelo frappé.

Nesse restaurante, os sósias provaram a bebida e tiraram fotos com a escultura de bronze em tamanho real de Hemingway.

"Meu daiquiri, no Floridita", Hemingway costumava dizer.

A ele é atribuída uma das mais famosas variações do daiquiri disponíveis no estabelecimento: o "papa Hemingway", que ao contrário da receita original, não tem açúcar e leva suco de toranja, licor marrasquino e uma dose dupla de rum, além do suco de limão.

Fawcet foi o vencedor do tradicional concurso de sósias de Hemingway em Key West (Flórida) em 2012, e agora viajou pela primeira vez a Cuba para participar do programa de atividades teóricas e culturais do colóquio.

Para ele, "Cuba é um lugar com o qual o escritor teve uma grande relação. Aqui, Hemingway escreveu alguns de seus romances e é muito interessante poder conhecer essa parte de sua vida".

Um dos lugares que mais queria visitar era "Finca Vigía", a casa de Hemingway na ilha - que agora é um museu -, onde o escritor passou longas temporadas durante mais de 20 anos, até pouco antes de se matar com um tiro aos 61 anos de idade em Ketchum (Idaho), no dia 2 de julho de 1961.

A presidente do Comitê Organizador do Colóquio e diretora da Casa-Museu, Ada Rosa Alfonso, disse à Efe que a presença dos sósias conferiram um "encantamento especial e um atrativo" ao evento que este ano contou com a maior participação de americanos, mais de 40.

Entre eles, Ada Rosa destacou especialistas como Douglas Prade, professor da Universidade do Texas; Susan Wrynn, responsável pela coleção Hemingway da Biblioteca John F.Kennedy; Sandra Spanier; Walter Newman, ex-diretor de restauração e conservação de documentos do Centro Andover, em Massachusetts; e Steve Paul, editor do Kansas City Star, que falará sobre o início da carreira do escritor durante o evento.

Alfonso avaliou os trabalhos do primeiro dia do colóquio como "altamente interessantes e construtivos", e destacou as novas atividades do programa como o 2º encontro de organizações Hemingway do mundo do qual participam o projeto "Cartas" e "Hemingway em cena".

EFE   
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