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América Latina

Soldados americanos encerram operação pós-tremor no Haiti

2 jun 2010 - 10h13
(atualizado às 10h43)
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Os últimos 314 soldados americanos da "Operação Resposta Unificada" deixam nesta quarta-feira o Haiti, mas ainda resta no país "muito trabalho por fazer", assinalou editorial do jornal The Washington Post publicado hoje.

Lidovia Pierressaint foi resgatada após passar 82 horas sob os escombros, em Porto Príncipe
Lidovia Pierressaint foi resgatada após passar 82 horas sob os escombros, em Porto Príncipe
Foto: EFE

Depois do terremoto de 12 de janeiro, como parte de um esforço internacional de ajuda aos desabrigados, os Estados Unidos enviaram soldados e marinheiros que somaram 22 mil militares em fevereiro.

"Agora que a presença de tropas americanas no terreno termina é crucial que o governo (do presidente Barack Obama) não repita a longa e triste história de atendimento e esquecimento dos Estados Unidos rumo ao sofrimento do Haiti", indicou o editorial.

Os soldados americanos, segundo o Post, "realizaram uma porção elogiável do trabalho duro de socorro e reconstrução".

Os soldados trabalharam nos nove campos para desabrigados estabelecidos pela ONU e pelas Nações Unidas e "removeram escombros de fundações e canais de drenagem, algo que não atrai câmeras, mas ajuda a reduzir as possibilidades de inundações".

"A escala do que resta por fazer é impressionante: 1,5 milhão de pessoas, mais de 15% da população, segue sem casas permanentes, muitas delas em campos de desabrigados em condições deploráveis, suscetíveis ao mau tempo".

"Dezenas e talvez centenas de milhares de crianças seguem sem escolas", acrescentou o artigo. "Há pilhas de escombros por todas as partes. As lonas e barracas enviadas ao país depois do terremoto não durarão para sempre, nem durará para sempre a paciência dos haitianos".

O presidente Obama pediu ao Congresso US$ 1,6 bilhão em ajuda adicional para o Haiti e os legisladores "deveriam atuar rapidamente para assegurar o apoio contínuo dos EUA ao país mais pobre" das Américas, assinalou o Post.

EFE   
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