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América Latina

Sobrevivente de massacre no México pede ajuda brasileira contra "impunidade"

2 jun 2015 - 19h17
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Um dos companheiros dos 43 estudantes mexicanos que desapareceram em Ayotzinapa há oito meses pediu nesta terça-feira em São Paulo a ajuda da população brasileira para combater a "impunidade" dos crimes de Estado.

"Se os governos globalizaram os crimes, nós temos que globalizar a resistência, a luta", comentou Francisco Sánchez Nava em entrevista coletiva na capital paulista, primeira cidade brasileira a receber a 'Caravana 43 América do Sul', formada por companheiros e familiares das vítimas.

Sánchez, sobrevivente do episódio, explicou que o coletivo não entrou em contato com nenhuma autoridade latino-americana porque "os governos têm um vínculo diplomático e, por mais que peçamos que se envolvam, não vão fazer isso".

O estudante clamou, por outro lado, por uma "união de forças" de base social: "Manifestem-se e exijam justiça e nós os ajudaremos dali (México) nos casos de vocês, porque aqui (no Brasil) também há desaparições".

Ao ser perguntado sobre a redução da maioria penal no Brasil, que em breve será discutida no Congresso, Sánchez opinou que é "uma forma a mais" do governo para "criminalizar" a população.

Após passar por Argentina e Uruguai, a 'Caravana 43 América do Sul' chegou hoje ao Brasil onde visitará, além de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

EFE   
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