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América Latina

Sobe para 23 o número de mortos em deslizamento de terra na Guatemala

3 out 2015 - 01h50
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Pelo menos 23 pessoas morreram e mais de 450 estão desaparecidas por causa de um deslizamento de terra registrado em um assentamento nos arredores da capital da Guatemala, disseram nesta sexta-feira para a Agência Efe as autoridades de gestão de riscos do país, que suspenderam as buscas por causa da chuva.

O desastre aconteceu por volta das 21h30 locais da quinta-feira (0h30 de Brasília da sexta-feira) em El Cambray II, a cerca de 22 quilômetros da Cidade da Guatemala.

Segundo o encarregado do posto de controle da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred) no local, Sergio Cabañas, foram localizados 23 corpos, sendo que um ainda não foi identificado, 26 pessoas foram resgatadas, 63 foram enviadas para abrigos e entre 125 e 150 casas foram afetadas pelo deslizamento.

Em um primeiro momento, Cabañas tinha informado que eram mais de 600 os desaparecidos, mas, no final da noite, anunciou que o número estimado era de 450 pessoas.

O responsávl do Conred explicou para a Efe que os trabalhos de busca e recuperação de vítimas foram suspensos "pelas condições de chuva no local" que, segundo a previsão, vão causar uma elevação do nível do rio Pinula e, possivelmente, novos deslizamentos.

A área atingida sofreu o desastre por uma "combinação de fatores", como a influência do rio Platanitos, a erosão da região e algumas drenagens "ilegais", assim como por não atender às recomendações da Conred, que desde 2008 declarou a área como "de risco" e aconselhou que os moradores fossem transferidos para outro local.

De acordo com essa instituição, apenas na região metropolitana há 232 assentamentos considerados como "de risco", já que estão localizados em encostas ou barrancos, e calcula-se que cerca de 300 mil pessoas vivem nesses lugares.

Fontes da Conred explicaram à Efe que assentamentos como El Cambray II são produto de "invasões" de terrenos por parte de famílias que migram para as periferias da cidade e constroem suas casas sem levar em conta os parâmetros de prevenção de riscos.

Os trabalhos de busca, segundo Cabañas, serão retomados no sábado, às 6h locais (9h de Brasília), "quando saírem os primeiros raios de luz", disse.

A Polícia Nacional Civil (PNC) e membros do exército permanecerão no local afetado e Cabañas pediu que a população não se aproxime do lugar, pois o mesmo ainda apresenta perigo.

Este deslizamento é um dos maiores desastres deste ano na Guatemala durante a época de chuvas, que vem atingindo o país desde maio, por isso as autoridades declararam alerta laranja institucional e vermelho em nível municipal.

EFE   
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