PUBLICIDADE

América Latina

Só Chávez poderia nomear novo ministro, diz oposição da Venezuela

15 jan 2013 - 21h58
(atualizado às 22h15)
Compartilhar
Exibir comentários

O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, disse nesta terça-feira que revisará o decreto com a designação do ex-vice-presidente Elías Jaua como novo chanceler do país para verificar se foi assinado pelo presidente Hugo Chávez ou pelo vice, Nicolás Maduro. Ao entregar o relatório de gestão do ano 2012, Maduro anunciou à Assembleia Nacional que Chávez, que está em Cuba após uma "complexa" operação à qual se submeteu em dezembro em virtude de um câncer, nomeou Jaua como ministro das Relações Exteriores, cargo desempenhado até hoje pelo vice-presidente.

O ex-vice-presidente Elías Jaua foi nomeado novo ministro das Relações Exteriores da Venezuela nesta terça-feira
O ex-vice-presidente Elías Jaua foi nomeado novo ministro das Relações Exteriores da Venezuela nesta terça-feira
Foto: EFE

Entenda o impasse na Venezuela

O que aconteceu desde a última partida de Chávez a Cuba?

Adiamento de posse preenche vácuo constitucional venezuelano

"É preciso revisar qual é o decreto que estabelece essa nomeação, porque a única forma de um ministro ser designado, de acordo com o que estabelecem nossas leis, é pelo presidente da República", advertiu Capriles, consultado por jornalistas. O governador do Estado de Miranda, que derrotou Jaua nas eleições regionais de dezembro, estimou que se Maduro assinou o decreto o fez em condição de "presidente encarregado".

"Então, haveria no país um presidente encarregado, ao contrário do que diz insistemente o governo, que não há um presidente encarregado, mas sim um vice-presidente e um presidente em exercício", acrescentou.

Chávez delegou parte de suas funções a Maduro antes de viajar a Cuba no último dia 10 de dezembro, um mês antes da data prevista na Constituição para que assumisse o período 2013-2019, ato ao qual o chefe de Estado não pôde comparecer por sua condição de saúde. A Corte Suprema de Justiça decidiu um dia antes da data estabelecida para a juramentação adiar o ato até quando Chávez possa estar presente e aprovou a continuidade do gabinete de Governo liderado por Maduro.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade