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América Latina

Seul enviará ajuda adicional de US$ 10 milhões para o Haiti

18 jan 2010 - 09h12
(atualizado às 09h41)
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A Coreia do Sul enviará uma ajuda adicional no valor de US$ 10 milhões para atender os desabrigados por causa do terremoto no Haiti, informou hoje a agência sul-coreana Yonhap.

infográfico info haiti grana assistência internacional
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Foto: Reuters

Esta ajuda se junta à anunciada por Seul na semana passada no valor de US$ 1 milhão.

Um funcionário do Ministério de Exteriores sul-coreano indicou que a ajuda adicional incluirá material de assistência a curto prazo e equipamento para os esforços de reconstrução a médio e longo prazo.

Cerca de 30% da ajuda virá de empresas privadas e grupos civis, acrescentou o funcionário.

A entrega desta assistência adicional foi discutida ontem pelo presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, durante uma conversa telefônica com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Além disso, a principal companhia sul-coreana, o grupo Samsung, anunciou hoje que doará US$ 1 milhão à ilha caribenha, enquanto os trabalhadores da LG Electronics doaram 50 milhões de wons (31 mil euros) a um organismo internacional não-governamental, a Good Neighbors, em ajuda ao Haiti.

No país caribenho, está desde domingo um grupo de 35 especialistas sul-coreanos para colaborar nos trabalhos de resgate e assistência médica às vítimas.

Está previsto que o primeiro envio sul-coreano de material de emergência e remédios chegue ao Haiti ainda esta semana.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, e pelo menos 15 militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto. Três militares estão desaparecidos.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

EFE   
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