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América Latina

Santos promete continuidade como presidente da Colômbia

21 jun 2010 - 09h42
(atualizado às 10h04)
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O ex-ministro Juan Manuel Santos venceu no domingo por ampla margem o segundo turno da eleição presidencial colombiana. O novo presidente promete manter a luta intensa do atual governo contra guerrilheiros e traficantes, mas com maior ênfase em programas sociais.

O conservador Santos herdou parte da popularidade do presidente Álvaro Uribe, de quem foi ministro da Defesa. Com 99,91% das urnas apuradas, ele tinha 69,05% dos votos, contra 27,52% de seu rival Antanas Mockus, ex-prefeito de Bogotá, do Partido Verde.

Em termos absolutos, isso significa uma vantagem de quase 5,5 milhões de votos. Com 9 milhões de votos, Santos obtém a maior votação na história colombiana, superando Uribe em seus dois mandatos (2002 e 2006).

Em seu primeiro discurso após a vitória, Santos prometeu levar seu país a uma posição de liderança regional e de colaboração com outros governos latino-americanos. Durante a campanha, ele vinha insistindo na necessidade de melhorar as relações com os governos esquerdistas das vizinhas Venezuela e Equador, mas mantendo os EUA como maiores aliados da Colômbia na luta contra o narcotráfico e as guerrilhas.

"Aspiro a trabalhar de mãos dadas com os países vizinhos para desenvolver uma agenda conjunta de cooperação e integração em todas as frentes", afirmou ele num ginásio de Bogotá, que estava lotado apesar da chuva.

A Copa do Mundo e a chuva no país contribuíram com uma abstenção elevada, superior a 55% dos quase 30 milhões de eleitores. O Ministério da Defesa disse que sete policiais, três soldados e seis guerrilheiros morreram em diferentes incidentes nos Departamentos de Meta e Norte de Santander. O governo diz que as guerrilhas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército de Libertação Nacional (ELN) pretendiam sabotar a eleição.

Nascido em uma família influente no jornalismo e na política, Santos, de 58 anos, é economista e administrador formado nos EUA e na Grã-Bretanha. Ele tomará posse em 7 de agosto.

"Assumo o mandato que os colombianos me concederam com um imenso sentido de responsabilidade histórica e de compromisso com a nossa pátria. A Colômbia espera muito de nós, e não vamos enganá-la", disse Santos em seu discurso de vitória.

Ele reiterou sua intenção de abrir o governo à participação dos partidos Conservador e Cambio Radical, que o apoiaram no segundo turno, e também a alguns representantes do Partido Liberal. Isso deve lhe dar a estrutura política necessária para aprovar reformas destinadas a reduzir o desemprego, que supera os 12% da força de trabalho, e a pobreza, que atinge 44% da população.

Ele também deve manter as políticas de combate à criminalidade e atração de investimentos externos, bem sucedidas no governo de Uribe.

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