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América Latina

Raúl Castro exige dos Estados Unidos o fim do embargo a Cuba

Raúl afirmou que estava ciente que o fim do embargo "será um caminho longo e difícil"

28 jan 2015 - 18h41
(atualizado às 20h44)
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O presidente de Cuba, Raúl Castro, durante cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em San Antonio de Belén, na Costa Rica, nesta quarta-feira. 28/01/2015
O presidente de Cuba, Raúl Castro, durante cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em San Antonio de Belén, na Costa Rica, nesta quarta-feira. 28/01/2015
Foto: Presidência de Costa Rica / Reuters

Cuba não aceitará nenhuma interferência em seus assuntos internos durante as negociações com os Estados Unidos, advertiu nesta quarta-feira o presidente cubano, Raúl Castro, alertando que uma eventual intromissão tornaria o descongelamento das relações diplomáticas bilaterais sem sentido.

Raúl pediu ao presidente americano, Barack Obama, que use seus poderes executivos para aliviar um embargo de décadas, dizendo que o líder dos EUA deve estender as medidas para suavizar o bloqueio, como as anunciadas para o setor de telecomunicações, para o resto da economia cubana.

"Tudo parece indicar que o objetivo é fomentar uma oposição política artificial através de meios econômicos, políticos e meios de comunicação", disse Raúl durante uma cúpula na Costa Rica.

Em discurso anual, Obama defende fim do embargo a Cuba :

"Se esses problemas não forem resolvidos, essa aproximação diplomática entre Cuba e os Estados Unidos não teria sentido", disse ele.

Raúl afirmou que estava ciente que o fim do embargo "será um caminho longo e difícil".

"O estabelecimento de relações diplomáticas é o início de um processo para a normalização das relações bilaterais, mas esta não será possível enquanto existir o embargo", afirmou o presidente em discurso no plenário da cúpula.

Raúl Castro participa do primeiro encontro com colegas latino-americanos desde o histórico anúncio feito em 17 de dezembro sobre a reconciliação entre Washington e Havana, depois de meio século de hostilidades.

Os EUA e Cuba realizaram uma negociação histórica de alto nível em Havana na semana passada que deve levar ao restabelecimento das relações diplomáticas cortadas por Washington em 1961.

Obama precisa de aprovação do Congresso Nacional, controlado pelos republicanos, para normalizar completamente as relações com Cuba, e os republicanos, como o senador pela Flórida Marco Rubio, se opuseram ao engajamento enquanto Cuba mantiver um Estado de partido único, reprimir dissidentes e controlar os meios de comunicação.

Com informações da Reuters e da AFP.

Fonte: Terra
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