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Mundo

"Não vamos morder a isca", diz ministro chileno sobre Humala

13 abr 2011 - 19h58
(atualizado às 20h14)
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Em visita à cidade de Arica, na fronteira com o Peru, o ministro da Defesa chileno, Andres Allamand, disse nesta quinta-feira, que "não vai morder a isca", em referência às declarações do candidato presidencial peruano Ollanta Humala. Nesta semana, Humala considerou que o Chile deveria pedir desculpas ao país por sua atitude durante a Guerra do Pacífico, em 1879, e pela prática de espionagem em terras peruanas. "Nenhuma autoridade do nosso governo vai morder a isca e ser envolvido em uma disputada eleição que ocorre hoje", disse Allamand.

"Nós não estamos indo para se pronunciar sobre as declarações daqueles que hoje estão disputando a presidência do Peru", complementou o ministro após uma visita de trabalho na cidade de Arica, na fronteira com a cidade peruana de Tacna. O nacionalista e esquerdista Ollanta Humala, que venceu a eleição presidencial de domingo e foi para o segundo turno com a direitista Keiko Fujimori, disse, ontem, que o pedido de desculpa deveria partir do presidente do Chile, o conservador Sebastián Piñera.

Humala ainda lembrou que o Chile teria vendido armas para o Equador durante o conflito entre os dois países andinos. "Esta seria a atitude certa para dar uma boa mensagem e da melhoria das relações bilaterais", afirmou em entrevista à Radio Programas del Perú (RPP).

"Nós não vamos morder esse gancho, não vamos colaborar com um tema que sempre precisa ser analisada sob perspectiva do estado entre Chile e Peru, para transformá-lo em eixo de uma campanha eleitoral em curso. Por isso vamos abster-nos sobre o que pode ter feito o candidato do Peru ", rebateu o ministro chileno.

Allamand ainda ressaltou o propósito do presidente Sebastián Piñera para que as Forças Armadas contribuam e apoiem ativamente as tarefas de desenvolvimento das zonas fronteiriças e áreas remotas.

Candidato Ollanta Humala deixa estúdio de rádio, onde criticou a postura do governo chileno
Candidato Ollanta Humala deixa estúdio de rádio, onde criticou a postura do governo chileno
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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