Protestos no Haiti contra expansão da cólera deixam feridos
Várias pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira após violentos protestos no norte do Haiti contra o governo e a ONU por sua "lentidão em lidar" com a expansão de cólera no país, indicaram testemunhas no local e funcionários do organismo.
"Centenas de pessoas saíram às ruas para protestar contra a missão da ONU no local e pela lentidão do governo em lidar com a expansão da cólera nesta cidade", afirmou um jornalista local à AFP.
Os protestos começaram na cidade de Cap Haitien, no norte, a 274 km da capital, onde cerca de 100 pessoas morreram pelo surto de cólera nos últimos dias.
"Os capacetes azuis lançaram gás lacrimogêneo, e sabemos que algumas pessoas ficaram feridas, mas não sabemos como se feriram ou quais as circunstâncias", afirmou o porta-voz da ONU, Vicenzo Pugliese.
Menos de um mês após o aparecimento do primeiro surto de cólera no Haiti em meio século, o número de mortos é de 917.
Moradores locais culparam funcionários nepaleses da ONU pelo surto de cólera, afirmando que eles são portadores da doença, de veiculação hídrica.