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América Latina

Protestos contra missão da ONU no Haiti deixam ao menos 2 mortos

16 nov 2010 - 04h25
(atualizado às 05h14)
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Duas pessoas morreram e pelo menos 25 ficaram feridas em incidentes e confrontos durante manifestações contra a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, à qual acusam de causar a epidemia de cólera no país.

O porta-voz da missão da ONU, Vincenzo Pugliese, confirmou à Efe que uma das mortes - de um homem - foi registrada em Quartier-Morin, quando "elementos armados" tentaram entrar no heliporto da base militar.

Manifestantes armados começaram a atirar contra soldados do heliporto, que, por sua vez, dispararam de volta "em legítima defesa", indicou o porta-voz. Esse incidente ocorreu por volta das 16h45 local desta segunda-feira (19h45 de Brasília).

A outra morte foi registrada durante a tarde em Cap-Haïtien, onde um jovem foi encontrado morto por ferimento de bala, informou a radio Kiskeya.

"Os militares que foram acusados (desta morte) garantem que nem sequer estavam no local" no momento da morte, explicou a rádio.

Segundo a imprensa local, pelo menos 19 pessoas ficaram feridas, 15 delas por arma de fogo, durante estes enfrentamentos ocorridos em Cap-Haïtien.

Habitantes dessa localidade, contatados por telefone, indicaram à Efe que ouviram disparos e viram barricadas de pneus em chamas em meio às ruas.

"O povo tem medo no Haiti e a vulnerabilidade das pessoas é explorada e manipulada por alguns partidos", disse Pugliese, sem precisar quais partidos políticos realizam estas práticas.

Em comunicado, a Minustah pediu à população "permanecer vigilante e não se deixar manipular pelos inimigos da estabilidade e da democracia no país".

EFE   
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