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Professores e estudantes protestam em Caracas por reajuste na Educação

22 mai 2013 - 19h43
(atualizado às 21h48)
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Estudantes e professores protestam em frente à polícia em Caracas
Estudantes e professores protestam em frente à polícia em Caracas
Foto: AFP

Centenas de estudantes e professores de universidades públicas venezuelanas participaram de uma passeata nesta quarta-feira até a sede do Ministério da Educação Universitária pelo reajuste nas bolsas e nos salários para enfrentar a alta inflação no país.

"Pedimos um aumento digno do orçamento. Não é digno que os estudantes tenham uma bolsa de 400 bolívares (US$ 63) e que um professor tenha um salário de apenas entre dois mil e sete mil bolívares (entre US$ 317 e US$ 1.100)", disse a estudante de medicina da Universidade Central da Venezuela (UCV) Hilda González, ao canal privado Globovisión.

Nos últimos anos, estudantes e professores têm feito diferentes tipos de protesto - de greve de fome a manifestações - para pressionar o governo. Em 2012, a inflação venezuelana atingiu 20,1%, a mais alta da América Latina. Para este ano, alguns especialistas acreditam que possam chegar a pelo menos 30%, depois de registrar 12,5% apenas no primeiro quadrimestre de 2013.

Oscar Navas, um estudante de medicina da Universidade de Oriente, com campi em quatro Estados do leste do país, denunciou a deterioração das instalações. Exibindo cartazes com palavras de ordem, os universitários que caminharam da UCV até o centro de Caracas.

Nesta quarta, uma comissão de estudantes se reuniu com o ministro da Educação Universitária, Pedro Calzadilla, que disse ontem ter convocado equipes para analisar os contratos coletivos. "Em poucos dias, estaremos anunciando ao país uma decisão sobre o aumento salarial, que é uma reivindicação justa", declarou Calzadilla.

Jovens de outras universidades do país também protestam há dois meses contra os cortes orçamentários que acabaram afetando outras áreas operacionais da educação. O novo salário mínimo da Venezuela, em vigor desde 1º de maio, sobe para 2.457,02 bolívares, equivalentes a US$ 390 no câmbio oficial.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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