PUBLICIDADE

Professor uruguaio humilha alunos em excursão e é condenado à prisão

3 mai 2013 - 12h43
(atualizado às 13h20)
Compartilhar
Exibir comentários

Um professor uruguaio recebeu sentença de prisão por cometer abusos durante uma excursão com alunos de ensino médio que chamava por apelidos humilhantes. Ele os dividia entre "favoritos" e "indesejáveis" e até amarrou um estudante em uma árvore como castigo, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

Fontes do Conselho do Ensino Médio consultadas nesta sexta pela Agência EFE não confirmaram nem desmentiram a sentença judicial, que foi divulgada pelo site do Canal 10 de televisão e resenhado também pelos jornais El País e El Observador.

Segundo a imprensa, o juiz Gabriel Ohanian ditou em 26 de abril um auto de processo contra o docente por crime de "violência privada", cujas vítimas eram alunos com idades entre 13 e 14 anos do Liceu 21, situado em um bairro próximo à região de Montevidéu.

O professor, cuja identidade não foi divulgada, tem 38 anos e dava aulas na Faculdade de Química da Universidade da República. Ele realizava "como atividade extracurricular um clube de ciências" no Liceu 21, que funcionou de 2008 até o fim do ano passado, detalha a sentença judicial.

Para isso, recrutava jovens estudantes interessados em fazer atividades científicas, mas "sob a fachada dessa atividade educativa o suspeito dividia os alunos em 'indesejáveis' e 'preferidos'", indica o auto do processo. Assim, "via mensagens de texto, fotografias e encontros, dava ordens para que cumprissem seus desejos com pena de expulsão".

O professor exigiu que dois adolescentes, um menino e uma menina, "namorassem", dando 10 mil pesos (cerca de R$ 1 mil) à jovem para que desse um presente ao outro.

Em uma excursão em que o grupo foi "com todas as despesas pagas pelo suspeito" à Atlântida, balneário turístico próximo a Montevidéu, o professor criou "um clima de assédio moral" de várias maneiras. Entre as humilhações, estavam "amarrar alguns deles a uma árvore com a boca tapada, colocar um sapo na mochila de outro, servir a um adolescente um pedaço de bolo estragado, ridicularizá-los, chamá-los por nomes de animais, mandar que um rapaz empurrasse outro", acrescenta o documento.

A investigação policial partiu da denúncia da mãe de uma jovem a uma delegacia de Montevidéu.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade