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América Latina

Prisão de guerrilheiro avança relação entre Colômbia e Venezuela

28 dez 2010 - 14h27
(atualizado às 14h59)
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A captura na Venezuela de um suposto chefe guerrilheiro do colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) é uma "grande demonstração" do "bom caminho" na relação entre ambos os países, disse nesta terça-feira a chanceler da Colômbia, María Ángela Holguín.

"É muito positivo para a relação e para o avanço das relações que ocorram fatos como estes", avaliou a ministra em declarações à rádio La FM.

Fatos que demonstram que a Colômbia e a Venezuela podem "trabalhar" juntas "em segurança e em conseguir que grupos armados que estão na fronteira possam ser capturados". A detenção na Venezuela de Nilsson Terán Ferreira, conhecido como "Tulio", segundo líder da chamada "frente de guerra norte" do ELN e quem estava condenado a 40 anos de prisão na Colômbia, "é uma grande demonstração de que vamos por um bom caminho", acrescentou a chanceler.

Holguín admitiu "desconhecer" como foi a operação de captura de "Tulio" e unicamente comentou que foi informada a respeito no dia em que aconteceu, em 25 de dezembro, pelo chanceler venezuelano, Nicolás Maduro.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, agradeceu na segunda-feira a "colaboração crescente" das autoridades da Venezuela ao anunciar a captura nesse país do suposto líder do ELN. Segundo Santos, "Tulio" era "um bandido (que) tinha 13 ordens de captura e foi condenado a 40 anos de prisão em junho de 2007 pelo sequestro e posterior homicídio de um reconhecido criador de gado".

A suposta falta de colaboração da Venezuela na luta contra o crime organizado motivou a ruptura da relação bilateral em julho passado, pelo fato de que o então presidente colombiano, Álvaro Uribe, denunciasse que esse país dava cobertura aos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o ELN.

Só três dias após assumir a Presidência, Santos restabeleceu as relações com seu colega venezuelano, Hugo Chávez, para dar início a uma nova etapa de colaboração que até o momento resultou na captura de vários supostos guerrilheiros na Venezuela.

EFE   
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