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América Latina

Préval: chefe da ONU morreu; Nações Unidas não confirmam

13 jan 2010 - 19h11
(atualizado às 19h54)
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A Organização das Nações Unidas (ONU) questionou nesta quarta-feira a informação, divulgada pelo presidente do Haiti, René Préval, de que o chefe da missão da entidade no país, o tunisiano Hedi Annabi Hedi Annabi, teria morrido após o terremoto de terça-feira.

 Homem chora após o terremoto em Porto Príncipe
Homem chora após o terremoto em Porto Príncipe
Foto: Reuters

"Temos conhecimento das notícias atribuídas ao presidente Préval de que Annabi foi confirmado como morto no terremoto no Haiti", disse o porta-voz da missão de paz da ONU, Nicholas Birnback. "Estamos em contato com a missão da ONU no Haiti, e ninguém pode confirmar essa informação", disse. Segundo ele, a entidade solicita com urgência detalhes sobre os comentários de Préval.

Segundo a BBC, Preval disse que Annabi foi morto no terremoto que atingiu a capital, Porto Príncipe. "O embaixador Annabi morreu. Nós enviamos nossas condolências a toda comunidade internacional", disse a jornalistas.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, anunciou, na rádio francesa RTL , a morte do representante. De acordo com a BBC, porém, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou que não tinha informações para confirmar a morte.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o Haiti após o terremoto que devastou o país nesta terça-feira. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

Com informações da Reuters.

Fonte: Redação Terra
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