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América Latina

Presidente eleito do Chile estuda ampliar zona de catástrofe

2 mar 2010 - 15h50
(atualizado às 16h21)
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O presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, que toma posse no dia 11 de março, afirmou que avalia a ampliação da zona de catástrofe no país, depois de se reunir com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

Homem observa a destruição da igreja São Francisco, na cidade de Curico
Homem observa a destruição da igreja São Francisco, na cidade de Curico
Foto: Reuters

"Estamos avaliando a possibilidade de estender em nosso futuro governo este estado de catástrofe para outras regiões de tal forma que as soluções em matéria de ordem pública, água potável, eletricidade, sejam mais rápidas e efetivas", disse diante da secretária de Estado.

Anteriormente, Hillary disse a Piñera que os EUA estão dispostos a colaborar com o Chile em tudo o que for necessário. Hillary e Piñera tiveram uma reunião de uma hora, que o chileno classificou de "fecunda". "Quero agradecer a visita de Hillary Clinton ao Chile", disse Piñera.

Os sites dos jornais El Mercurio e La Tercera afirmaram que Piñera convidou o presidente Barack Obama para visitar o Chile em abril. Hillary Clinton já se reuniu também com a atual presidente Michelle Bachelet, que manifestou sua solidariedade e forneceu equipamentos de comunicações via satélite, para atender as necessidades mais urgentes dos chilenos.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos passa de 700, e o número de afetados chega a 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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