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América Latina

Presidente da Colômbia nega plano para desestabilizar Venezuela

31 mai 2013 - 19h07
(atualizado às 20h16)
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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, negou nesta sexta-feira estar envolvido em um complô para desestabilizar o governo da Venezuela, descartando como "absurda" a acusação feita por seu colega do país vizinho, que o criticou por ter recebido o líder da oposição venezuelana.

O presidente anunciou que apelará a canais diplomáticos para resolver o que chamou de um "mal-entendido" por parte do governo de Nicolás Maduro, que colocou sob revisão as relações políticas e comerciais entre as duas nações.

Falando após a primeira crise diplomática com a Venezuela em seu governo, Santos disse que vai manter o espírito do acordo de 2010 com o falecido Hugo Chávez que restabeleceu as relações depois de altos e baixos durante o mandato de seu antecessor Álvaro Uribe.

"É absurdo pensar que o governo colombiano esteja ciente, ou pior ainda, que esteja apoiando uma ação para desestabilizar o governo da Venezuela", disse Santos em uma cerimônia no departamento de Valle, no sudoeste do país.

"Acreditamos que para o bem da Venezuela e para o bem da Colômbia podemos resolver qualquer mal-entendido civilizadamente, com cautela, pelos canais diplomáticos", acrescentou ele, notando que as disputas com seu vizinho afetam diretamente o seu país.

As relações diplomáticas entraram em crise devido aos questionamentos feitos pelo governo venezuelano a uma reunião que Santos manteve nesta semana com o líder da oposição, Henrique Capriles, e que foi considerada por Maduro como "uma facada".

Além disso, o herdeiro político de Chávez vinculou o encontro a um plano para forjar uma conspiração política e econômica para derrubá-lo e reagiu anunciando uma revisão da participação da Venezuela no processo de paz do governo colombiano com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Na Venezuela, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, reiterou que Santos colocou uma bomba nas relações bilaterais ao receber o líder de uma direita que qualificou de "criminosa, assassina e fascista".

"O governo venezuelano e o povo da Venezuela rejeitam essas atenções a golpistas, assassinos, fascistas, lá na irmã Colômbia e rejeita essas atenções porque nós temos sido leais com o povo da Colômbia", disse Cabello durante um evento no Estado de Zulia.

(Reportagem de Luis Jaime Acosta)

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