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América Latina

Presidente argentina ficará um mês de repouso após traumatismo craniano

6 out 2013 - 08h41
(atualizado às 10h03)
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A presidente argentina, Cristina Kirchner, de 60 anos, permanecerá um mês de repouso depois de sofrer um traumatismo craniano em 12 de agosto que provocou um hematoma subdural crônico, informou o governo. Kirchner "sofreu um traumatismo craniano em 12 de agosto, e não houve sintomas", mas exames realizados no sábado detectaram um "hematoma subdural crônico" e foi recomendado o repouso de um mês, de acordo com a nota oficial lida pelo porta-voz da presidência argentina, Alfredo Scoccimarro.

O governo destacou que durante o período, a presidente fará um "acompanhamento evolutivo clínico e de imagens", mas não explicou se Kirchner recebeu a recomendação de repouso total. Kirchner compareceu no sábado a uma clínica privada de Buenos Aires para realizar "um exame cardiovascular por uma arritmia e por ter apresentado um quadro de cefaleia foi solicitado uma avaliação neurológica", que derivou no diagnóstico de "hematoma subdural crônico" depois de ter sofrido o traumatismo craniano", disse Scoccimarro.

"Os hematomas subdurais acontecem quando se acumula sangue no espaço subdural, entre as membranas do cérebro, e os sintomas aparecem entre a semana e um mês depois do traumatismo", explicou o médico Fernando Iglesias. De acordo com o cirurgião, "geralmente acontecem em adultos com um traumatismo leve".

A presidente argentina sofreu vários episódios de hipotensão nos últimos anos que a obrigaram a suspender atividades oficiais. Em janeiro de 2012, menos de um mês depois de ter iniciado o segundo mandato, a chefe de Estado foi submetida a uma operação de extirpação da glândula tireoide, mas os médicos constataram que ela não sofria de câncer como havia sido diagnosticado inicialmente.

Kirchner deixou a clínica particular Fundación Favaloro na noite de sábado, depois de ter passado 10 horas no local para diversos exames. O período de repouso envolve as importantes eleições legislativas de 27 de outubro, que marcam a metade de seu segundo mandato, que vai até 2015.

Kirchner participava de vários eventos relacionados à votação, depois da derrota de seu principal candidato nas primárias que consagraram os postulantes para as eleições parlamentares. O traumatismo craniano foi sofrido em 12 de agosto, um dia depois das primárias. O anúncio foi feito por Scoccimarro minutos depois da exibição da segunda parte de uma entrevista gravada com a presidente.

Na entrevista, exibida pelo canal América, Kirchner afirmou que nunca pensou em uma segunda reeleição, algo que exigiria uma reforma da Constituição, que só autoriza dois mandatos consecutivos de quatro anos cada.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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