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América Latina

Presidente argentina enfrenta teste eleitoral

11 ago 2013 - 10h49
(atualizado às 11h16)
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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, enfrenta neste domingo,no meio de seu mandato, um teste em uma eleição primária que vai mostrar se tem apoio popular suficiente para pressionar por uma mudança constitucional que lhe permita concorrer pela terceira vez à Presidência, em 2015.

Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, deposita seu voto na urna em uma estação eleitoral de Rio Gallegos, na Patagônia. Cristina enfrenta neste domingo,no meio de seu mandato, um teste em uma eleição primária que vai mostrar se tem apoio popular suficiente para pressionar por uma mudança constitucional que lhe permita concorrer pela terceira vez à Presidência, em 2015. 11/08/2013.
Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, deposita seu voto na urna em uma estação eleitoral de Rio Gallegos, na Patagônia. Cristina enfrenta neste domingo,no meio de seu mandato, um teste em uma eleição primária que vai mostrar se tem apoio popular suficiente para pressionar por uma mudança constitucional que lhe permita concorrer pela terceira vez à Presidência, em 2015. 11/08/2013.
Foto: Andres Arce / Reuters

Os candidatos às eleições legislativas de outubro serão escolhidos nas primárias abertas deste domingo, mas, como não há disputa entre os postulantes nas listas apresentadas por cada partido, a votação serve mais como uma avaliação dos seis anos de Cristina no poder.

A presidente, de esquerda, promoveu um crescimento econômico estável e foi facilmente reeleita há dois anos. Mas os pesados gastos do governo elevaram a inflação a mais de 20 por cento ao ano, e seu estilo combativo irrita investidores e parte do eleitorado do país, a terceira maior economia da América Latina.

Cristina, de 60 anos, diz que não está pensando em um possível terceiro mandato, mas persiste o falatório de que seus aliados no Congresso querem alterar a Constituição para que ela possa concorrer novamente.

Para que isso aconteça, Cristina teria de aumentar sua bancada no Congresso na eleição de outubro, quando será renovada metade dos assentos na Câmara dos Deputados e um terço do Senado.

Os aliados de Cristina precisariam de maioria de dois terços em ambas as Casas para dar início ao debate sobre a permissão de um terceiro mandato.

"Ela não tem isso agora, e não vai ter depois de outubro", disse o analista de mercados emergentes Ignacio Labaqui, da consultoria Medley Global Advisors, em Buenos Aires.

"Mas se o partido da situação consegue 40 por cento (dos votos), ou mais, em nível nacional, ainda poderia alegar que tem um mandato forte o suficiente para pressionar a oposição a um acerto que permita a alteração para o terceiro mandato".

Os investidores em títulos do governo e nos vastos recursos agrícolas e de petróleo de xisto na Argentina estão acompanhando a eleição primária para observar eventuais sinais cansaço de eleitores com as políticas intervencionistas de Cristina e se desejariam um líder mais simpatizante da economia de mercado em 2015.

A moeda sobrevalorizada, controles cambiais e de importações, além das decisões de Cristina de nacionalizar o sistema de previdência privada, a principal companhia aérea e a maior empresa de energia YPF desagradaram os investidores e parceiros comerciais.

PROVÍNCIAS

A presidente está apoiando nas primárias uma lista de candidatos de sua coligação FPV (a Frente para a Vitória), uma ramificação do partido peronista, dominante no país.

A estrela da oposição é Sergio Massa, de 41 anos, aberto à economia de mercado e prefeito de Tigre, uma próspera cidade conhecida por seus pitorescos canais, na província de Buenos Aires.

As pesquisas mostram que os candidatos de Massa podem ser os mais votados neste domingo na província, onde a vitória é essencial. Um bom resultado pode colocá-lo na posição de concorrer à presidência em 2015.

(Reportagem adicional de Guido Nejamkis)

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