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América Latina

Piñera garante crescimento do Chile um mês após terremoto

27 mar 2010 - 13h54
(atualizado às 14h25)
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O presidente do Chile, Sebastián Piñera, assegurou que manterá as projeções de crescimento econômico médio do país de 6% anual, apesar do terremoto e do tsunami que há exatamente um mês atingiram o país, causando 30 bilhões de dólares em danos materiais.

"Nós nos propusemos a recuperar a capacidade de crescer e de criar trabalho, e vamos fazer isso. Seis por cento de crescimento médio ao ano, e 200 mil novos empregos. Mantenho a cifra, apesar do terremoto", assinalou Piñera em uma entrevista à Rádio Biobío.

"Vai passar com o tempo porque temos más notícias em termos de emprego, inflação e preços até junho, resultado do terremoto, mas vamos ter u ma forte recuperação no segundo semestre, espero, durante o resto de nosso governo", enfatizou.

"Nosso programa de governo naturalmente vai ser alterado pelo terremoto, mas não nas metas globais. O crescimento de 2010 vai ser menor que o antecipado antes do terremoto, mas 2011 será maior. O terremoto não vai quebrar, é um desafio a mais que vamos enfrentar", acrescentou.

Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Felipe Larraín, informou que o Chile deixará de crescer 1,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 devido ao impacto do terremoto.

O terremoto de magnitude 8,8 graus e o tsunami que atingiram o Chile em 27 de fevereiro deixaram um saldo de 452 mortos, 96 desaparecidos e quase 30 bilhões de dólares em perdas no Chile, 12% de seu PIB.

A economia chilena fechou 2009 com uma queda de 1,7% em seu PIB devido à crise financeira mundial.

Na véspera do aniversário do trágico fato, um terremoto de 6,2 graus na escala Ritchter abalou o norte do Chile, deixando a população alarmada. Segundo as autoridades, o tremor não deixou vítimas nem causou danos materiais, enquanto a Marinha descartou a necessidade de emitir alerta de tsunami.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do terremoto foi 76 km ao sul da cidade de Copiapó (800 km ao norte de Santiago).

O terremoto fez com que dezenas de habitantes executassem seus planos de evacuação de escritórios e colégios. Devido ao terremoto, alguns alarmes de carros e empresas foram ativados, segundo relatos da imprensa.

Pais de família foram aos colégios buscar seus filhos e, no porto de Caldera, as autoridades iniciaram um plano de evacuação preventiva diante dos temores de tsunami, informou a Radio Cooperativa.

Mais cedo, as autoridades chilenas haviam anunciaram que suspenderam o toque de recolher na cidade de Concepção, uma das mais atingidas pelo terremoto que sacudiu o Chile há um mês, apesar das Forças Armadas continuarem patrulhando as ruas.

O anúncio foi feito pelo Comando de Operações Terrestres encarregada da segurança de Concepción e as cidades que permaneceram sob esta medida.

O toque de recolher foi decretado nesta cidade de meio milhão de habitantes dois dias depois do terremoto de 27 de fevereiro, em meio a saques e atos de vandalismo de centenas de habitantes.

Piñera visitou na sexta-feira as cidades do sul do país há um mês devastadas pelo tremor para supervisionar os trabalhos de reconstrução.

Piñera, que reservou o fim de semana para vistoriar as obras, iniciou sua visita pela cidade de Cauquenes, 350 km ao sul de Santiago, onde entregou terrenos para a instalação de escolas provisórias visando à retomada do ano letivo.

O presidente irá ainda aos portos de Constitución e Talcahuano, destruídos pelo tsunami, e à cidade de Concepción, 500 km ao sul de Santiago, devastada pelo violento terremoto.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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